A popular rede social TikTok, acusada de espionagem pelo governo Donald Trump, reforçou sua campanha de comunicação nesta segunda-feira (17/8) com um novo site e uma conta no Twitter dedicados a combater "rumores" contra a plataforma.
"Dados os rumores e desinformação sobre o TikTok que proliferam em Washington e na mídia, queremos deixar as coisas claras", diz a empresa em seu site, sob o slogan "o último raio de sol na Internet".
Há meses, o presidente dos Estados Unidos acusa o aplicativo, sem provas, de fornecer dados de usuários americanos a Pequim.
Trump assinou duas ordens executivas com o objetivo de obrigar a ByteDance, dona chinesa da TikTok, a vender rapidamente as operações da rede nos Estados Unidos ou encerrar suas operações no país.
"A TikTok não está disponível na China. Os dados dos usuários dos EUA são armazenados na Virgínia com um backup em Cingapura", disse a empresa.
"A TikTok nunca forneceu quaisquer dados dos Estados Unidos ao governo chinês e não o faria se solicitada", acrescentou.
Proibição de transações
Em um contexto de fortes tensões comerciais e políticas com a China, a Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede há 10 dias: proibiu transações com parceiros americanos.
Na sexta-feira, Trump assinou uma segunda ordem executiva para forçar a ByteDance a vender as operações americanas da TikTok, sua rede social internacional, em 90 dias.
"Há quase um ano tentamos discutir com o governo dos Estados Unidos para encontrar uma solução", reagiu TikTok.
"Mas estamos diante de um governo que não dá peso aos fatos, não respeita os procedimentos legais e tenta interferir nas negociações entre empresas privadas."
A Microsoft está em negociações avançadas para comprar o aplicativo.
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