Dois homens são indiciados por homicídio de membro do Run-DMC há 18 anos

Promotores do Brooklyn anunciaram nesta segunda-feira (17/8) 10 acusações contra os suspeitos Ronald Washington, que já estava preso, e Karl Jordan Jr., detido no domingo

Agência France-Presse
postado em 17/08/2020 19:24
Foto tirada em 5 de novembro de 2002. O caixão do Jam Master Jay do Run DMC, Jason
Foto tirada em 5 de novembro de 2002. O caixão do Jam Master Jay do Run DMC, Jason "Jay" Mizell, é levado para fora da Catedral de Allen A.M.E após seu funeral - (crédito: HENNY RAY ABRAMS/AFP)

Dois homens foram acusados de envolvimento no assassinato do músico Jam Master Jay, DJ do grupo de hip hop Run-DMC, um caso sem solução há 18 anos.

Promotores do Brooklyn anunciaram nesta segunda-feira (17/8) 10 acusações contra os suspeitos Ronald Washington, que já estava preso, e Karl Jordan Jr., detido no domingo.

As acusações estão ligadas ao que aconteceu em 30 de outubro de 2002, quando o pioneiro do rap foi baleado na cabeça em seu estúdio no Queens. Jason Mizell - o nome real de Jam Master Jay - tinha 37 anos e era pai de três filhos.

Jordan Jr., 36, se declarou inocente na segunda-feira, quando se apresentou ao juiz por videoconferência. Washington, de 56 anos, deve comparecer perante um juiz em outra data. Ambos são acusados de homicídio enquanto faziam tráfico de drogas e também homicídio com arma de fogo. Jordan é ainda acusado de vários crimes adicionais de distribuição de narcóticos.

Se forem considerados culpados, os réus enfrentarão penas de 20 anos de prisão à prisão perpétua ou pena de morte. "Eles entraram e o mataram a sangue frio", disse o promotor interino Seth DuCharme ao anunciar as acusações.

De acordo com os documentos judiciais, o motivo do assassinato estava relacionado à compra de cocaína por parte de Mizell, que seria distribuída em Maryland por um grupo que incluía Washington e Jordan. Uma briga interna levou Mizell a tirar Washington do negócio, o que, segundo os promotores, levou ao crime.

Relembre

O homicídio foi particularmente chocante devido à reputação do Run-DMC, grupo de hip hop dos anos 1980 conhecido por sucessos como "Tricky", que costumava denunciar a cultura violenta das gangues e, no começo dos anos 1990, passou a ser associada ao rap.

Ao longo dos anos, os investigadores exploraram diversas motivações possíveis, incluindo uma briga com o rapper 50 Cent, que era protegido de Jam Master Jay. Essa teoria foi abandonada mais tarde.

O assassinato de Jam Master Jay veio na esteira de uma série de execuções de rappers na década de 1990, incluindo as de estrelas como Tupac Shakur e The Notorious B.I.G.

Junto com LL Cool J e Public Enemy, o Run-DMC foi pioneiro no hip hop new school, um som caracterizado por elementos de rock, ostentação agressiva e comentários sociopolíticos. Antes de sua morte, Mizell se tornou muito influente em Nova York, trabalhando com jovens aspirantes a rappers, e fundou uma academia de DJs.

 

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