Um avião suspeito saindo do sul da Flórida com armas a bordo e milhares de dólares em dinheiro foi interceptado no sábado, e dois venezuelanos foram presos, em uma operação anunciada nesta terça-feira pelas autoridades dos Estados Unidos.
Agentes da Unidade Marinha de Fort Lauderdale, ao norte de Miami, foram alertados sobre o movimento de uma aeronave Learjet relacionada a uma investigação em andamento, informou um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).
Oficiais de várias agências responderam para parar o avião, que se dirigia para a ilha caribenha de St. Vincent.
Eles prenderam dois venezuelanos, cuja identidade não foi divulgada, e apreenderam 18 fuzis, seis espingardas, 58 pistolas semiautomáticas, 20.312 dólares em dinheiro e 2.618,53 em cheques endossados, disse o comunicado.
Em Caracas, o deputado venezuelano Carlos Paparoni, do partido oposicionista Primero Justicia, garantiu que o avião está ligado a Alex Saab, empresário colombiano acusado de corrupção ligada a um programa alimentar do presidente Nicolás Maduro e atualmente detido em Cabo Verde.
A aeronave "pertence a uma empresa Roswell Rosales, piloto de Álvaro Pulido Vargas, sócio do líder de Maduro, Alex Saab", escreveu Paparoni no Twitter.
Avión venezolano YV 3441 interceptado por autoridades de EEUU cargado con armas y $ en efectivo pertenece a una empresa de Roswell Rosales, piloto de Alvaro Pulido Vargas, socio del testaferro de Maduro, Alex Saab. El mundo se les pone pequeño, su estructura criminal está desnuda pic.twitter.com/rvQegMIePF
— Carlos Paparoni (@CarlosPaparoni) August 18, 2020
Em um segundo tuíte, ele acrescentou que um de seus passageiros frequentes é "Carlos Rolando Lizcano, uma peça-chave das estruturas criminosas de Alex Saab".
"O mundo fica pequeno para eles, sua estrutura criminosa está nua", disse o deputado.
Em 5 de agosto, um tribunal cabo-verdiano autorizou a extradição para os Estados Unidos de Saab, acusado em Miami de lavagem de dinheiro e detido durante uma escala técnica em seu avião em Cabo Verde, em meados de junho.
A interceptação do avião foi uma operação da CBP, em conjunto com o Office of Homeland Security Investigations (HSI) e a Federal Aviation Administration (FAA), entre outras agências.
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