Um suposto ataque "terrorista" contra um gasoduto provocou um corte de energia elétrica em toda Síria, anunciaram nesta segunda-feira (24/8) as autoridades.
O ministro sírio da Energia Elétrica, Zuhair Kharboutli, afirmou que a explosão de um gasoduto nos arredores de Damasco no domingo à noite "provocou um corte da energia elétrica em toda Síria", de acordo com a agência oficial SANA.
O ministro do Petróleo e de Recursos Minerais, Ali Ghanem, declarou que a explosão de um gasoduto, entre Adra e Al Dhamir, foi "o resultado de um ataque terrorista", mas não revelou mais detalhes.
Kharboutli afirmou que a explosão foi "sexta do tipo no gasoduto desta região", sem anunciar um período de tempo.
A SANA publicou imagens de um incêndio noturno que, segundo a agência, foi provocada pela explosão de um gasoduto. Durante a manhã, a agência divulgou fotografias que mostram o gasoduto sem um grande pedaço.
Moradores de Damasco afirmaram à AFP que acordaram sem energia elétrica em suas casas. O sistema elétrico sírio é alimentado com gás e combustível.
Durante a manhã, Kharboutli afirmou à SANA que o fornecimento de energia elétrica retornou parcialmente a várias províncias e em alguns bairros do centro de Damasco.
"O abastecimento retornou a várias instalações vitais de Damasco, incluindo hospitais e alguns bairros residenciais", disse
O governo sírio, apoiada por Rússia e Irã, expulsou em 2018 os últimos rebeldes e jihadistas de Dmeir, uma cidade a 25 quilômetros da capital.
Mas o grupo Estado Islâmico (EI) mantém sua presença no amplo deserto de Badia, ao leste da cidade.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres, afirmou que não está claro quem está por trás do ataque.
O incidente é o mais recente de uma série de supostos ataques contra infraestruturas do sistema de energia do país.
Em fevereiro, o governo anunciou que "terroristas" atacaram com foguetes quatro instalações de gás e petróleo na província de Homs, centro do país.
Em janeiro, Damasco afirmou que mergulhadores colocaram explosivos em oleodutos offshore no Mar Mediterrâneo perto da refinaria de Banias, mas que o dano provocado não interrompeu as operações.
A Síria é cenário desde março de 2011 de uma guerra que provocou mais de 380 mil mortes e deixou milhões de pessoas deslocadas.
Desde então, o governo perdeu o controle de reservas de petróleo importantes, o que provocou uma queda de bilhões de dólares em sua receita pela venda de combustíveis.
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