Ruanda emitiu uma ordem de prisão internacional contra o chefe da inteligência militar durante o genocídio de 1994, e contra o qual a França, onde ele poderia estar, abriu recentemente uma investigação preliminar por "crimes contra a humanidade", anunciou o MP do país.
"Emitimos uma ordem de prisão internacional contra Aloys Ntiwiragabo, suspeito de genocídio, afirmou o procurador-geral ruandês Aimable Havugiyaremye.
Um meio de comunicação francês afirmou recentemente que Havugiyaremye foi encontrado no país europeu.
"Investigamos o caso e trabalhamos com a unidade francesa responsável por combater os crimes de guerra e crimes contra a humanidade", disse o procurador.
A investigação na França foi aberta no fim de julho após a publicação de uma reportagem no site de notícias Mediapart que afirmava ter encontrado o homem, de 72 anos, perto de Orleans (região central do país).
O Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) já havia emitido ordens de prisão contra Ntiwiragabo, que foram retiradas há alguns anos, segundo uma fonte judicial francesa.
Ntiwiragabo é citado nos documentos de acusação do TPIR de 1998 contra pessoas suspeitas de participar no genocídio em Ruanda.
O genocídio cometido em 1994 em Ruanda, pelo regime extremista hutu então no poder, deixou 800 mil mortos entre abril e julho daquele ano, essencialmente da minoria tutsi, mas também hutus moderados, de acordo com a ONU.
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