As autoridades sanitárias dos Estados Unidos, que encorajavam as pessoas sem sintomas da COVID-19 a realizar testes de detecção se tivessem contato com alguém infectado, agora consideram a prática desnecessária, apesar de não terem oferecido uma explicação clara para a mudança de critério.
A modificação das recomendações foi oficializada nesta segunda-feira no site do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), enquanto a imprensa noticiou pressão da Casa Branca para que a mudança fosse feita.
O presidente Donald Trump declarou diversas vezes que os Estados Unidos não deveriam realizar tantos testes de triagem, ao considerar que denegriam a imagem da maneira como o país tem lidado com a pandemia do coronavírus.
Mas, embora seja verdade que os Estados Unidos realizam muitos testes, também é fato que os números de contaminação são muito altos e que a pandemia avança a passos largos no país, com mais de 5,8 milhões de casos confirmados e quase 180.000 óbitos.
Antes, o site do CDC dizia: "Os testes são recomendados em caso de contato próximo com pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2".
"Devido aos possíveis contágios por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas, é importante que os contatos das pessoas com infecção por SARS-CoV-2 sejam rapidamente identificados e testados".
Nesta quarta-feira, a mensagem já é outra: "Se você teve contato (de pelo menos 1,8 m) com uma pessoa infectada por COVID-19 durante pelo menos 15 minutos, mas não apresenta sintomas, não necessariamente precisa de um teste, a menos que seja uma pessoa vulnerável ou que seu médico, seu estado ou seus profissionais de saúde pública locais o recomendem".
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