Em meio à escalada de tensões, em razão da descoberta de importantes campos de gás nos últimos anos, Grécia e Turquia realizam exercícios militares no Mediterrâneo Oriental. Os gregos iniciaram as manobras, ontem, ao lado de França, Itália e Chipre. Por sua vez, Ancara conduzia seus próprios exercícios navais ao lado de um contratorpedeiro americano.
A Alemanha, que preside a União Europeia, externou preocupação com o cenário. Annegret Kramp-Karrenbauer, ministra da Defesa do governo de Angela Merkel, alertou que essas atividades navais, de ambos lados, não ajudam a acalmar a situação.
A França, por sua vez, alertou a Turquia que o Mediterrâneo Oriental não pode servir como “um campo de jogo” para as ambições nacionais. Ancara fez o anúncio sobre os exercícios turcos pouco depois de Atenas divulgar as atividades conjuntas, ao sul e sudoeste do Chipre.
Em resposta, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que a Turquia não fará nenhuma concessão em defesa de seus interesses gasíferos no Mediterrâneo Oriental e pediu à Grécia que evite cometer qualquer “erro” que a leve à sua “ruína”.
“Nossas Forças Armadas se mantêm em alerta”, reagiu o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, no Parlamento grego. “A Grécia é tão forte no terreno quanto no diálogo”, acrescentou. O chanceler Nikos Dendias, por sua vez, disse estar disposto ao diálogo, mas não “sob um regime de ameaças”.
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