Quase 200 membros de uma polêmica igreja sul-coreana, recuperados do coronavírus, doaram nesta sexta-feira (28/8) o plasma sanguíneo, uma maneira de reconciliação, de acordo com o grupo, depois que a congregação contribuiu para propagar o vírus em fevereiro no país.
Os cientistas destacaram o potencial da transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas de covid-19 a pacientes hospitalizados.
Os fiéis da Igreja Shincheonji de Jesus, considerada uma seita pelos críticos, representam o maior número de pessoas que sobreviveram ao vírus.
Eles estavam no centro do primeiro foco epidêmico na Coreia do Sul, com mais de 5 mil casos entre seus membros, de acordo com o Centro Coreano de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC).
Seu líder, Lee Man-hee, de 88 anos, foi detido no início de agosto, acusado de sabotar os esforços de combate à pandemia.
Mais de mil integrantes da seita devem doar plasma sanguíneo.
Nesta sexta-feira, 160 pessoas fizeram a doação em um centro médico da Cruz Vermelha na cidade de Daegu, que foi o epicentro da epidemia de fevereiro a março.
Em um comunicado, a Igreja Shincheonji de Jesus pediu desculpas "por ter provocado muitos problemas à população sul-coreana" e afirmou que Lee estimula seus membros "que expiaram os pecados com o sangue de Jesus" a fazer doações.
"Agora que o vírus se propaga de novo, espero que este remédio possa ser desenvolvido rapidamente", afirmou à AFP Park Mi-kyung, um doador de 56 anos, que recebeu alta do hospital em março.
Nesta sexta-feira, as autoridades sul-coreanas informaram 371 novos casos, seguindo a tendência dos últimos 15 dias, um aumento significativo dos casos depois que o país registrou durante várias semanas entre 30 e 40 novos contágios.
A maioria dos novos surtos está relacionada a igrejas protestantes da região de Seul.
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