TikTok

Grupo proprietário do TikTok acatará nova regulamentação chinesa para exportações

Medida dificultara a venda das atividades da empresa nos Estados Unidos, uma transação sob pressão do presidente Donald Trump. O TikTok está no meio das tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e China

Agência France-Presse
postado em 30/08/2020 16:42
 (crédito: JIM WATSON, Lionel BONAVENTURE / AFP)
(crédito: JIM WATSON, Lionel BONAVENTURE / AFP)

O grupo chinês Bytedance, dono do popular aplicativo de vídeo TikTok, anunciou em comunicado neste domingo (30) que vai "cumprir estritamente" as novas regulamentações de exportação impostas pela China, o que dificultaria a venda das atividades da empresa nos Estados Unidos, uma transação sob pressão do presidente Donald Trump.

O TikTok está há várias semanas no meio das tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a China. Em nome da "segurança nacional", o presidente americano assinou em 6 de agosto um decreto que obrigaria o ByteDance a vender rapidamente as suas operações do TikTok nos EUA, já que Trump acusa o governo chinês de espionagem.

No entanto, o Ministério do Comércio chinês estendeu na sexta-feira as regras aplicadas por Pequim às "tecnologias para uso civil", referentes à importação e exportação de tecnologias.

É a primeira vez desde 2008 que a China modifica sua lista de tecnologias sujeitas a restrições ou proibições de exportação.

Segundo um professor citado pela agência oficial de notícias Xinhua, essa mudança pode significar que a Bytedance terá que obter autorização do governo chinês para vender seu aplicativo de vídeo a uma empresa americana.

No início desta semana, o CEO do TikTok, Kevin Mayer, deixou a empresa, poucos dias após ela abrir um processo contestando as decisões do governo americano.

O TikTok, que teve 175 milhões de downloads nos Estados Unidos e mais de 1 bilhão em todo o mundo, explica em sua ação judicial que as decisões de Trump são motivadas por questões políticas e financeiras, e não por questões de segurança nacional.

O decreto de Trump seria um abuso à lei federal "International Emergency Economic Powers Act", uma vez que a plataforma não representa "uma ameaça incomum ou extraordinária", argumentou o aplicativo de vídeos.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação