Máscara será obrigatória em Paris e em escolas e universidades da França

Nas últimas 24 horas, mais de 5.000 novos casos de covid-19 foram registrados no país e 24 novos focos de infecção

Paris, França - O uso da máscara será tornar obrigatório em toda Paris, onde se registra uma deterioração da situação epidemiológica, anunciou o primeiro-ministro francês, Jean Castex, nesta quinta-feira (27).

Após consultas com a prefeitura da capital francesa, o administrador da região parisiense vai "estender o uso obrigatório da máscara" - que já tem de ser usada nos transportes públicos, nos lugares fechados e em diversas ruas - "a toda capital", disse Castex em entrevista coletiva.

O primeiro-ministro, que não informou quando a medida entrará em vigor na capital francesa, não descartou a ampliação para outras grandes cidades dos 21 departamentos onde o vírus circula ativamente. Em Marselha (sudeste), onde a situação de saúde também é preocupante, o uso é obrigatório desde terça-feira.

O uso de máscaras também será obrigatório em escolas e universidades em todo país, assim que o ano letivo recomeçar na próxima semana. Para crianças com mais de 11 anos, "o uso da máscara será obrigatório em espaços fechados e ao ar livre", afirmou o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer.

A máscara também será obrigatória nas universidades, que reabrirão pela primeira vez desde o confinamento declarado em meados de março. Os professores também devem usar máscaras em todos os momentos.

Após quase dois meses de um confinamento que permitiu a redução do novo coronavírus, as infecções voltaram a aumentar significativamente na França nas últimas semanas, especialmente na região de Paris e no sudeste do país.

Nas últimas 24 horas, mais de 5.000 novos casos de covid-19 foram registrados no país e 24 novos focos de infecção, de acordo com dados publicados na quarta-feira pelas autoridades de saúde. Chega a 30.544 o total de óbitos por covid-19.

O primeiro-ministro Jean Castex tem insistido na necessidade do uso de máscaras para prevenir as infecções. "Nosso objetivo é fazer todo o possível para evitar um reconfinamento generalizado", justificou Castex na quinta-feira, apelando à "responsabilidade" dos franceses.