Pandemia

Nova York adia volta presencial às aulas para 21 de setembro

As aulas online para 1,1 milhão de alunos no maior distrito escolar americano começarão no dia 16 de setembro

Agência France-Presse
postado em 01/09/2020 16:04 / atualizado em 01/09/2020 16:04
 (crédito: Johannes EISELE / AFP)
(crédito: Johannes EISELE / AFP)

Nova York, a única grande cidade americana que planeja uma volta presencial às aulas, adiará a data de retorno para 21 de setembro para implementar medidas adicionais contra o coronavírus exigidas pelos professores, que ameaçaram uma greve.

Em vez de começar em 10 de setembro, conforme planejado, as aulas online para 1,1 milhão de alunos no maior distrito escolar americano começarão no dia 16 de setembro. As presenciais, duas ou três vezes por semana, terão início no dia 21 de setembro, afirmou o prefeito Bill de Blasio em coletiva de imprensa.

O plano prevê protocolos para uso de máscaras o dia todo, distanciamento social, melhora na ventilação das salas, menor número de alunos por turma, um enfermeiro em cada escola, exigência de exames negativos para o vírus para os funcionários e, se a taxa de contágio do vírus ultrapassar 3% (atualmente é de 0,9%), as aulas serão suspensas.

Como parte do acordo com os professores, a cidade implementará um sistema nas escolas para testar de 10% a 20% dos alunos e funcionários a cada mês.

O sindicato UFT, que reúne a maioria dos 75 mil professores da cidade, ameaçou fazer greve se a prefeitura não implementasse mais medidas de segurança nas mais de 1.700 escolas da Big Apple.

"A cidade de Nova York agora tem as políticas e proteções mais rigorosas que qualquer outra cidade dos Estados Unidos" para reduzir o contágio nas escolas, disse Michael Mulgrew, presidente do sindicato do UFT, no Twitter.

“Uma das coisas que afirmamos nessas discussões (com o sindicato) é que nada substitui a educação presencial”, disse De Blasio.

Mas muitos pais temem o contágio e mais de 365 mil crianças e jovens (37% do total) optaram por ter apenas aulas online, segundo dados do governo municipal.

O retorno às aulas presencial foi politizado em meio à campanha para as eleições de novembro, desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a reabertura total de todas as escolas do país, independentemente das taxas de contágio do coronavírus.

Estados governados por republicanos, como Mississippi, Geórgia, Tennessee ou Indiana, seguiram a orientação em agosto. Novos surtos foram registrados devido aos altos níveis de contágio e alguns estabelecimentos tiveram que ficar em quarentena ou fechar.

Outras grandes cidades como Chicago, Houston, Los Angeles, Filadélfia e Miami optaram por não se arriscar e ofertaram apenas cursos virtuais.

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