O Irã condenou nesta sexta-feira a republicação das caricaturas de Maomé pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo e denunciou uma "provocação e um insulto" aos muçulmanos.
"O ato ofensivo da publicação francesa é uma provocação", afirma um comunicado divulgado pelo ministério iraniano das Relações Exteriores.
O Irã também considera a republicação um "insulto aos valores islâmicos e à fé de mais de um bilhão de muçulmanos no mundo", completa a nota oficial.
Ofender ou fazer piada com o profeta pode ser punido com a pena de morte no Irã.
Na quarta-feira começou em Paris o julgamento pelos atentados jihadistas contra o Charlie Hebdo, um supermercado de alimentos kosher e vários policiais. Os ataques de janeiro de 2015 deixaram 17 mortos em três dias.
No dia do início do julgamento, Charlie Hebdo publicou novamente as caricaturas que transformaram a revista em alvo dos extremistas.
O Irã condenou em janeiro de 2015 o atentado contra o semanário, mas afirmou na ocasião que os desenhos eram um "insulto" aos muçulmanos e um "abuso" da liberdade de expressão.
O Irã ocupa o 173º lugar (de um total de 180) na classificação mundial de liberdade de imprensa por países estabelecida anualmente pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF)
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