A Síria chamou nesta quarta-feira os Estados Unidos de um Estado "bandido e fora da lei" após declarações do presidente Donald Trump, que disse que em 2017 havia contemplado a "eliminação" do presidente sírio Bashar al-Assad.
Trump disse que havia considerado essa possibilidade, mas que seu secretário de Defesa na época, o general Jim Mattis, se opôs à operação.
"As declarações do chefe do governo dos Estados Unidos (...) mostram claramente o nível (...) de práticas políticas erráticas" dos Estados Unidos, afirmou o ministério das Relações Exteriores, citado pela agência de notícias estatal Sana.
"As confissões de Trump confirmam que o governo americano é um Estado bandido e fora da lei, que pratica os mesmos métodos que as organizações terroristas, com assassinatos e liquidações", acrescentou o ministério.
Trump disse à rede de televisão Fox News que "preferia eliminar" Assad e que "pediu que o ato fosse planejado", após um ataque químico em abril de 2017, atribuído ao regime sírio.
"Eu teria preferido eliminá-lo. Tinha tudo pronto", disse Trump. "Mattis não queria fazer isso. Mattis era um general muito superestimado, e eu o deixei ir".
Em setembro de 2018, o presidente dos Estados Unidos havia afirmado o contrário, que nunca tinha discutido com o chefe do Pentágono o possível assassinato de Assad.
A Síria vive uma guerra civil devastadora que deixou centenas de milhares de mortos, e o regime de Assad é acusado de uma série de crimes, incluindo tortura, execuções sumárias, estupro e uso de armas químicas.
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