Adversário de Putin

Restos de veneno são encontrados em garrafa utilizada por opositor russo

Um laboratório militar alemão concluiu em 3 de setembro que ele foi envenenado por uma substância da família Novichok, criada na época da União Soviética para fins militares

Agência France-Presse
postado em 17/09/2020 10:10 / atualizado em 17/09/2020 10:10
 (crédito: Yuri KADOBNOV / AFP)
(crédito: Yuri KADOBNOV / AFP)

A equipe de Alexei Navalny disse, nesta quinta-feira (17), que restos da substância neurotóxica com que o oponente russo foi envenenado foram encontrados em uma garrafa de plástico recuperada de um quarto de hotel onde ele se hospedou.

O principal adversário político do presidente Vladimir Putin, de 44 anos, sentiu-se muito mal em 20 de agosto, a bordo de um avião, quando voltava da cidade siberiana de Tomsk para Moscou.

No Instagram, sua equipe afirmou que traços de uma substância neurotóxica do tipo Novichok foram detectados em uma "garrafa de água de plástico normal" recuperada do quarto de hotel onde Navalny se hospedou em Tomsk.

Segundo seus colaboradores, esses restos foram identificados "duas semanas depois" por um laboratório alemão.

Junto com a mensagem, é exibido um vídeo em que membros da equipe Navalny inspecionam um quarto de hotel e coletam possíveis pistas, antes que a polícia possa visitar o local.

O vídeo foi filmado logo após seus colaboradores serem informados de que o oponente se sentia mal.

"Como estava totalmente claro que Navalny não estava 'um pouco doente' (...) decidimos recolher tudo o que pudesse ser útil e entregar aos médicos na Alemanha", explica o entorno do ativista.

"Também estava claro que não haveria investigação na Rússia", continua.

"Agora, vemos que (o envenenamento) aconteceu antes de ele sair do quarto para ir para o hotel", acrescenta.

Navalny divulgou uma primeira mensagem e uma foto sua na terça-feira, no leito do hospital onde está internado na Alemanha. Disse estar feliz por poder respirar sem a ajuda de aparelhos.

Um laboratório militar alemão concluiu em 3 de setembro que ele foi envenenado por uma substância da família Novichok, criada na época da União Soviética para fins militares. Moscou nega a hipótese de envenenamento.

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