O governo Boris Johnson advertiu, nesta sexta-feira (18/9), que poderá retomar o confinamento em toda Inglaterra para conter a pandemia de coronavírus, observando que as taxas de hospitalização estão dobrando a cada oito dias.
"Queremos evitar um confinamento nacional, mas estamos preparados para fazer isso, se necessário", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, à rede BBC.
"Estamos preparados para fazer o que for necessário, tanto para proteger vidas, quanto para proteger a economia", disse ele, alertando que novas restrições serão adicionadas às já impostas a partir desta sexta-feira em partes do nordeste da Inglaterra.
O Reino Unido é o país da Europa mais afetado pela pandemia, com mais de 41.700 mortes confirmadas por covid-19. E o número de novos casos está atingindo níveis que não eram vistos desde abril.
"Também vimos, com tristeza, que o número de pessoas hospitalizadas com coronavírus está dobrando a cada oito dias, então, temos que agir", frisou Hancock.
De acordo com a imprensa local, conselheiros científicos do governo propuseram um confinamento geral em toda Inglaterra por duas semanas, em outubro, para coincidir com as férias escolares inglesas.
A partir da próxima segunda-feira (21/9), estão proibidas reuniões com mais de seis pessoas, exceto no caso de escolas, locais de trabalho, locais de culto e eventos esportivos.
E, a partir de hoje, em várias cidades do nordeste da Inglaterra que somam quase dois milhões de habitantes, é proibido o encontro entre pessoas que vivam em casas diferentes, e todos os locais de entretenimento terão de permanecer fechados entre 22h e 5h.
Diante do aumento das infecções, alguns jornais afirmam que o governo considera estender essas regras a todo país antes de outubro.
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