O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, defendeu os "direitos inalienáveis" nesta quarta-feira (23) em uma reunião virtual à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. "O projeto internacional a favor dos direitos humanos está em crise", disse Pompeo em um vídeo.
"Governos autoritários, da China ao Irã e a Venezuela, estão privando nossos semelhantes de seus direitos fundamentais", acrescentou o chefe da diplomacia americana. "Enquanto isso, muitas organizações multinacionais se desviaram, concentrando-se nas preferências políticas partidárias sem realmente defender os direitos fundamentais", lamentou.
Segundo Pompeo, "muitas pessoas bem-intencionadas inclusive proclamaram novos direitos inventados que muitas vezes dificultam a defesa dos direitos humanos universais".
A crítica não é nova no governo do presidente Donald Trump, que retirou os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, denunciando em particular supostos "preconceitos" anti-Israel.
Pompeo evocou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela própria Assembleia Geral da ONU, que menciona os direitos "inalienáveis" de "todos os membros da família humana".
Muitas ONGs acusam Pompeo de não perder a oportunidade de restringir o alcance dos direitos humanos com base em uma interpretação restrita inspirada em sua fé cristã evangélica, em detrimento dos direitos das minorias sexuais e de gênero ou do direito ao aborto.
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