A taxa de infecção por coronavírus na cidade de Nova York aumentou de 1,93% para 3,25% nas últimas 24 horas, especialmente nos bairros judeus ortodoxos, alertaram as autoridades nesta terça-feira(29).
A maior cidade americana foi o epicentro nacional do coronavírus em abril e maio, registrando mais de 23,8 mil mortes, mas nos últimos meses conseguiu controlar a pandemia e reduzir o índice de infecção para 1%, um dos mais baixos do país.
Nos últimos dias, porém, os números começaram a subir. “Pela primeira vez em muito tempo os números diários superam os 3% e isso é um verdadeiro motivo de preocupação”, disse o prefeito Bill de Blasio, que anunciou multas para quem não usar máscara em público.
Segundo o comissário de saúde de Nova York, Dave Chokshi, os casos positivos em nove códigos postais do Brooklyn e do Queens respondem por 25% de todos os casos na Big Apple, apesar de apenas 7% da população total viverem nessas áreas.
O forte aumento de casos ocorre na mesma semana em que centenas de milhares de crianças e jovens devem voltar às escolas, e quando restaurantes e bares vão poder admitir clientes em espaços internos pela primeira vez desde março, com 25% da capacidade.
Para o governador do estado de Nova York, André Cuomo, o aumento dos casos se deve "ao descumprimento" das regras sobre o uso de máscaras e distanciamento social. "O governo local falhou em garantir o cumprimento" das regras, disse Cuomo em entrevista coletiva.
Vinte regiões do estado, nos condados de Rockland, Orange, Nassau e no bairro de Brooklyn em Nova York, todos com grandes populações de judeus ortodoxos, têm uma taxa de infecção de 5%, disse Cuomo. Em um setor de Rockland a taxa chega a 30%, disse ele.
O governador admitiu que está "nervoso" com a reabertura das escolas públicas na quinta-feira. De Blasio lembrou que a regra para fechar estes estabelecimentos é uma taxa de infecção superior a 3% durante sete dias.
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