O Chile autorizou nesta quarta-feira (30) o início dos testes clínicos de duas vacinas da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e da belga Janssen Pharmaceutical Companies, destinadas ao combate ao coronavírus, informou o Ministério da Saúde.
Segundo o ministro da Saúde, Enrique Paris, cada um dos ensaios - cuja data de início não foi divulgada - vai recrutar 3 mil voluntários entre homens e mulheres com idades de 18 a 59 anos para testar os efeitos das vacinas.
"Para nós é um dia muito importante, pois começamos a aprovação destes estudos de fase clínica para que o Chile possa ajudar com seus cientistas, colaboradores e universidades", disse Paris, após anunciar os testes junto com representantes do Instituto de Saúde Pública, da Universidade do Chile e da Universidade Católica.
Enquanto isso, um ensaio da vacina do laboratório britânico AstraZeneca aguarda autorização do governo chileno.
Antes de chegar à população geral, uma vacina deve passar por pelo menos três fases de avaliação, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
Na primeira fase, a vacina em potencial é testada em grupos de 20 a 100 pessoas saudáveis; na segunda, são avaliados os efeitos colaterais e; na terceira, são realizados testes em milhares de pessoas.
Ambas as vacinas que serão estudadas no Chile estão na fase três. Os testes da Sinovac Biotech serão feitos no Instituto de Imunoterapia e Imunologia da Universidade Católica. Já a da Janssen, da multinacional Johnson & Johnson, será testada em alguns consultórios médicos nos arredores de Santiago, em parceria com a Universidade do Chile.
"A mensagem mais importante que queremos passar é que o Chile viva, visualize e sinta o que significa ter uma boa pesquisa científica e poder ter projeção no desenvolvimento tecnológico", declarou o reitor da Universidade do Chile, Enio Vivaldi.
Após a conclusão dos estudos clínicos, o Instituto de Saúde Pública vai monitorar a produção das vacinas e determinar sua segurança e eficácia para a população.
Nas últimas 24 horas, foram registrados no Chile 1.684 casos de coronavírus, alcançando um total de 462.991 infecções. No mesmo período, foram identificadas 16 novas mortes, totalizando 12.741. Esse número ultrapassaria 17 mil se fossem contabilizadas as mortes suspeitas, de acordo com o relatório diário das autoridades.
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