Conflito

Armênia afirma que caça turco derrubou um de seus aviões

A Turquia desmente o ataque. Segundo a porta-voz do ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, o ataque ocorreu as 10h30 da manhã durante batalhas anti-aéreas e aéreas

A Armênia afirmou nesta terça-feira que um caça F-16 turco abateu uma de suas aeronaves SU-25, em meio a combates em curso entre as forças do Azerbaijão e separatistas pró-armênios em Nagorno Karabakh.

"Um avião armênio SU-25 foi abatido por um caça turco F-16... vindo do território do Azerbaijão", escreveu a porta-voz do ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, no Facebook, acrescentando que o piloto armênio "morreu de uma forma heroica".

Desde domingo, as forças do enclave separatista de Nagorno Karabakh, apoiado política, militar e economicamente pela Armênia, e as do Azerbaijão se enfrentam nos confrontos mais mortais desde 2016, com quase 100 mortos.

"A acusação de que a Turquia abateu um caça armênio é absolutamente falsa", disse o diretor de Comunicação da Presidência turca, Fahrettin Altun.

"Esta informação é mais uma mentira da propaganda armênia", disse à imprensa o porta-voz do Ministério da Defesa do Azerbaijão, Vagif Dyargahly.

O avião turco "decolou de um aeroporto na cidade azerbaijana de Ganja e apoiou a aviação azerbaijana e os drones que bombardeavam vilas civis em Vardenis, Mers Masrik e Sotk, na Armênia", disse a porta-voz armênia.

"O Ministério armênio da Defesa acusou a Turquia, pouco antes, de agressão direta" contra a Armênia, acrescentou.

Na segunda-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu à Armênia que acabe com "a ocupação de Nagorno Karabakh" e prometeu que Ancara ficará "ao lado do" Azerbaijão "por todos os meios".

Uma guerra aberta entre a Armênia e o Azerbaijão poderia desestabilizar o sul do Cáucaso e arrastar potências regionais, Turquia e Rússia para o conflito.

Nesta terça, Moscou pediu à Turquia que trabalhe pela paz em Nagorno Karabakh e alertou contra "qualquer tipo de declaração de apoio, ou de atividade militar", que "sem dúvida, serviria apenas para avivar ainda mais o conflito".