Oito pessoas sem-teto morreram em quatro meses em um abrigo na cidade escocesa de Glasgow, durante o confinamento decretado para combater o coronavírus, informou a polícia.
Quatro mulheres e quatro homens morreram entre 25 de abril e 28 de agosto no hotel Alexander Thomson de Glasgow.
Sete dessas mortes são consideradas "inexplicáveis", após a realização das necrópsias. A última morte, de uma mulher de 48 anos, é considerada como "não suspeita", indicou a mesma fonte.
Segundo o inspetor-chefe Craig Walker, da polícia de Glasgow, o abrigo nessa residência temporária foi organizado pelas autoridades locais.
"Sabemos que muitos deles têm necessidades complexas e trabalhamos com a cidade de Glasgow, assim como com organizações, para detectá-las, para que tenham uma ajuda mais adequada", acrescentou.
Alison Watson, diretora da associação Shelter Scotland, que ajuda os sem-teto, se manifestou "extremamente preocupada".
"Deixar as pessoas presas em quartos de hotel durante meses tem graves consequências em seu bem-estar", afirmou.
Em junho, a polícia matou um homem que estava hospedado em um hotel do centro da cidade para solicitantes de asilo, depois que ele apunhalou seis pessoas, entre elas um policial.
Esse ocorrido provocou queixas das associações, que se manifestaram preocupadas com as condições desses abrigos.
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