O Facebook anunciou nesta quarta-feira (7) que vai parar de publicar anúncios com temas políticos ou sociais após fechadas as urnas das eleições presidenciais de 3 de novembro, com o objetivo de reduzir os riscos de confusão ou abuso.
A maior rede social da internet informou que qualquer postagem que declarar prematuramente um ganhador ou contestar a apuração será marcada com informação confiável de veículos de comunicação e autoridades eleitorais.
"Se um candidato ou partido declarar vitória prematura antes que a corrida seja definida pelos principais meios de comunicação, vamos adicionar informação mais específica nas notificações de que a contagem ainda está em andamento e que nenhum vencedor foi determinado", anunciaram os executivos do Facebook em um briefing de imprensa.
O Facebook e seu aplicativo de compartilhamento de imagens, Instagram, tornaram mais rígidas as regras para anúncios e postagens a respeito da votação ou de políticos, enquanto se preparam para as eleições americanas.
A gigante da Internet, sediada na Califórnia, tem estado sob pressão para evitar ser usada para a disseminação de desinformação e como instrumento de polarização, como ocorreu durante as eleições presidenciais de 2016.
As políticas contra a intimidação a eleitores instituídas pelo Facebook quatro anos atrás foram expandidas de forma consistente para abranger novas táticas para intimidar ou evitar a votação, segundo a vice-presidente de conteúdo, Monika Bickert.
"À medida que nos aproximamos dos últimos dias desta eleição, sabemos que veremos picos nos esforços de intimidar eleitores", admitiu Bickert no briefing. Segundo ela, o endurecimento de regras desta quarta-feira inclui vetar postagens com referências a armas ou exércitos, encorajando pessoas a monitorar seções de votação no dia da votação.
"Nós vamos remover comunicados de tentativas ou defesas de ir aos locais de votação com linguagem militar", acrescentou Bickert. "Também vamos remover chamados para ir às seções de votação se isto envolver exercício de controle ou demonstração de poder", prosseguiu.
O Facebook já baniu postagens que encorajavam diretamente as pessoas a irem às seções de votação com armas ou impedirem as pessoas de votar.
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