Justiça

Tribunal belga condena mulher de 89 anos por assassinato de amiga de 93

A assassina era herdeira de grande parte da fortuna da mulher de 93 anos

Agência France-Presse
postado em 09/10/2020 13:09 / atualizado em 09/10/2020 13:09
A réu Clara Maes (2ª E), 89, é auxiliada por sua advogada Emilie Romain (2ª D) quando ela chega para a sessão de constituição do júri em seu julgamento por assassinato no Tribunal Assize da província de Luxemburgo em Arlon, em 30 de setembro de 2020. -  (crédito: JOHN THYS / BELGA / AFP)
A réu Clara Maes (2ª E), 89, é auxiliada por sua advogada Emilie Romain (2ª D) quando ela chega para a sessão de constituição do júri em seu julgamento por assassinato no Tribunal Assize da província de Luxemburgo em Arlon, em 30 de setembro de 2020. - (crédito: JOHN THYS / BELGA / AFP)

A Justiça belga sentenciou nesta sexta-feira (9/10) uma mulher de 89 anos a 10 anos de prisão pelo assassinato a facadas de sua melhor amiga de 93 anos, que a designou como herdeira de grande parte de sua fortuna.

Clara Maes tinha 84 anos quando ocorreu o assassinato, em 2015, e sempre negou qualquer envolvimento no crime.

Um júri popular do tribunal criminal de Arlon, no sul francófono da Bélgica, a condenou a 10 anos de prisão, embora ela não tenha sido presa por causa de sua saúde precária.

"Seu estado de saúde não permite que seja encarcerada em um centro penitenciário", disse sua advogada, Emilie Romain, à AFP.

Agora cabe ao Ministério Público de Liege fazer cumprir a sentença, mas "a priori não deve haver execução" da sentença, acrescentou a advogada, que destacou que Maes conseguiu retornar ao seu asilo.

O julgamento chamou a atenção pela idade avançada da acusada, que teve enormes dificuldades em se acomodar na cadeira durante o julgamento e permaneceu impassível durante os interrogatórios, quando mal respondia às perguntas murmurando "não me lembro".

Em 3 de janeiro de 2015, o corpo de Suzanne Thibeau, 93, foi encontrado em uma poça de sangue em sua casa. A investigação revelou que pela manhã ela recebeu a visita de sua velha amiga Clara, que, como todos os dias, se ofereceu para lhe trazer pão ou lavar a louça, segundo a imprensa belga.

Maes foi a última pessoa a ver Thibeau viva, mas se tornou a suspeita número um do crime quando os investigadores notaram inconsistências em suas explicações.

Na audiência pré-julgamento, testemunhas explicaram que a relação entre as amigas se deteriorou devido ao caráter forte de Maes.

Thibeau, uma viúva sem filhos, designou Maes como herdeira de 70% de seus bens, que também recebeu uma doação de cerca de 300 mil euros (US$ 355 mil ) de sua amiga, de acordo com uma escritura de setembro de 2014.

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