Prisão perpétua

Agricultor grego acusado de estuprar e assassinar cientista é condenado

O jovem grego confessou o crime e pediu desculpas a família da vítima

Agência France-Presse
postado em 13/10/2020 16:15 / atualizado em 13/10/2020 16:23
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press; )
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press; )

Um jovem agricultor acusado de violar e assassinar uma cientista norte-americana cujo corpo foi encontrado em um bunker abandonado, foi condenado nesta terça-feira (13/10) à prisão perpétua na cidade de Retimno, na ilha grega de Creta.

Yiannis Paraskakis, um cretense de 28 anos e pai de dois filhos, confessou ter estuprado e assassinado Suzanne Eaton, uma bióloga molecular de 59 anos. Seu corpo foi encontrado em 8 de julho de 2019. O jovem acatou as acusações de estupro, assassinato e posse ilegal de armas de fogo.

Atualmente, se encontra preso depois de já ter ficado detido na cidade de Tripoli, no Peloponeso (Grécia ocidental) e logo foi transferido a Retimno para ser julgado. Durante a audiência, um dos policiais que o interrogou disse que o acusado inicialmente negou ser o autor dos crimes, mas depois "disse que estava possuído por demônios que lhe deram ordens".

O corpo de Eaton foi descoberto seis dias depois de seu desaparecimento, em um bunker abandonado da Segunda Guerra Mundial perto da cidade de Chania (Creta). A vítima estava em Creta para uma conferência de ciência e foi vista pela última vez em 2 de julho de 2019.

Segundo os investigadores, o acusado se encontrou com a vítima em uma estrada rural e a atropelou com seu carro, antes de transportá-la na mala de seu veículo até o bunker abandonado, onde a agrediu  sexualmente.

Depois, ele a jogou por um tubo de ventilação no telhado do bunker. A vítima era casada com o cientista britânico Anthony Hyman, com quem teve dois filhos. O advogado de defesa anunciou que recorrerá da decisão. O agricultor pediu perdão à família da vítima durante a audiência e garantiu que sua morte foi "um acidente".

Porém, a Promotoria refutou sua argumentação, ao considerar que "tinha plena consciência de seus atos" e que a causa da morte foi por "asfixia". Yiannis Paraskakis tem "frequentes alucinações auditivas, dificuldade para se concentrar e mente compulsivamente", afirmou Anna Eleftheriou, uma psicóloga que o atendeu durante sua detenção.

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