O ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou nesta quarta-feira que destruiu dois pontos de lançamento de mísseis na Armênia que eram usados, de acordo com Baku, para atacar zonas civis no conflito do território separatista de Nagorno Karabakh.
O ministério armênio da Defesa confirmou que algumas zonas de seu território foram tomadas como alvos e negou que suas forças tenham atacado objetivos no Azerbaijão, embora tenha destacado que se "reserva" a partir de agora "o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão.
Esta é a primeira vez desde a explosão das hostilidades no fim de setembro nesta região separatista que Baku reconhece ter atacado o território da Armênia.
Baku afirmou que suas Forças Armadas detectaram durante a noite em território armênio o deslocamento de sistemas de lançamento de mísseis preparados para o uso, em uma zoa próxima a Nagorno Karabakh, e destruíram os mesmos porque estavam destinados a ataques contra zonas civis no Azerbaijão.
A porta-voz do ministério armênio da Defesa, Shushan Stepanian, confirmou os ataques em seu território, mas desmentiu qualquer intenção de tomar como alvo zonas civis do Azerbaijão.
"O ataque foi executado com base na simples hipótese de que as instalações em questão atacariam zonas civis no Azerbaijão. A alegação não tem nenhum fundamento", afirmou no Twitter.
Oct.14,#Azerbaijan'i AF has targeted the mil equipment on combat alert in the ter-ry of #Armenia adjacent to the border w/Qaravachar.The attack was carried out based on the mere assumption that the subject equipment was allegedly going to strike at Azerbaijan’s civilian settlem-s
— Shushan Stepanyan (@ShStepanyan) October 14, 2020
"Nenhum míssil, obus ou projétil foi disparado em direção ao Azerbaijão", completou. Como resposta, o exército armênio "se reserva a partir de agora o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão".
Once again reiterating that this far not a single missile, shell or projectile has been fired in the dir-n of #Azerbaijan, we concurrently state that within the same logic the #ArmAF henceforth preserve the right to target any mil installations&combat movements in #Aze ter-ry1/3
— Shushan Stepanyan (@ShStepanyan) October 14, 2020
As tropas azerbaijanas e as forças separatistas, com o apoio da Armênia, combatem desde o fim de setembro em Nagorno Karabakh. A nova explosão de violência provocou mais de 600 mortos.
Uma trégua humanitária, mediada pela Rússia, deveria ter entrado em vigor no sábado para permitir a troca de prisioneiros e mortos, mas até o momento nenhum lado respeitou o acordo.
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