Conflito

Azerbaijão anuncia ataque a local de lançamento de mísseis na Armênia

Segundo o ministério da Defesa do Azerbaijão, suas Forças Armadas detectaram o deslocamento de sistemas de lançamento de mísseis no território da Armênia preparados para o uso

Agência France-Presse
postado em 14/10/2020 08:42 / atualizado em 14/10/2020 08:43
 (crédito: ARIS MESSINIS / AFP)
(crédito: ARIS MESSINIS / AFP)

O ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou nesta quarta-feira que destruiu dois pontos de lançamento de mísseis na Armênia que eram usados, de acordo com Baku, para atacar zonas civis no conflito do território separatista de Nagorno Karabakh.

O ministério armênio da Defesa confirmou que algumas zonas de seu território foram tomadas como alvos e negou que suas forças tenham atacado objetivos no Azerbaijão, embora tenha destacado que se "reserva" a partir de agora "o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão.

Esta é a primeira vez desde a explosão das hostilidades no fim de setembro nesta região separatista que Baku reconhece ter atacado o território da Armênia.

Baku afirmou que suas Forças Armadas detectaram durante a noite em território armênio o deslocamento de sistemas de lançamento de mísseis preparados para o uso, em uma zoa próxima a Nagorno Karabakh, e destruíram os mesmos porque estavam destinados a ataques contra zonas civis no Azerbaijão.

A porta-voz do ministério armênio da Defesa, Shushan Stepanian, confirmou os ataques em seu território, mas desmentiu qualquer intenção de tomar como alvo zonas civis do Azerbaijão.

"O ataque foi executado com base na simples hipótese de que as instalações em questão atacariam zonas civis no Azerbaijão. A alegação não tem nenhum fundamento", afirmou no Twitter.

"Nenhum míssil, obus ou projétil foi disparado em direção ao Azerbaijão", completou. Como resposta, o exército armênio "se reserva a partir de agora o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão".

As tropas azerbaijanas e as forças separatistas, com o apoio da Armênia, combatem desde o fim de setembro em Nagorno Karabakh. A nova explosão de violência provocou mais de 600 mortos.

Uma trégua humanitária, mediada pela Rússia, deveria ter entrado em vigor no sábado para permitir a troca de prisioneiros e mortos, mas até o momento nenhum lado respeitou o acordo.

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