Os Estados Unidos voltaram, nesta quarta-feira, a pressionar a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, quem incluíram em sua lista de pessoas sancionadas, alegando que ela prejudica a autonomia daquele território chinês.
O Departamento do Tesouro adicionou 10 nomes à lista de pessoas sujeitas a sanções, incluindo o de Carrie Lam. A medida tem um efeito prático limitado, já que os Estados Unidos já haviam imposto sanções a autoridades de Hong Kong em agosto, restringindo qualquer transação financeira com as mesmas em território americano.
O Departamento de Estado emitiu seu primeiro relatório ao Congresso em virtude da Lei de Autonomia de Hong Kong, com a qual Washington busca punir Pequim pelas fortes restrições na ex-colônia britânica. O texto assinala a "permanente objeção dos Estados Unidos às ações de Pequim desenhadas intencionalmente para provocar a erosão das liberdades do povo de Hong Kong e impor as políticas opressivas do PCCh (Partido Comunista Chinês)".
A Lei de Autonomia de Hong Kong vai além das medidas aplicadas até o momento, ao criar as bases para punir nos Estados Unidos os bancos que forem considerados cúmplices da repressão naquele território chinês.
A divulgação do relatório foi acompanhada com atenção em Hong Kong, uma vez que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou abertamente o HSBC, banco que acusou de fazer negócios com indivíduos alvos de sanções enquanto "fechava contas daqueles que buscam a liberdade".
Os Estados Unidos aplicaram as medidas depois que a China impôs uma nova lei de segurança em Hong Kong. Carrie Lam denunciou as sanções americanas e comentou, em agosto, que as mesmas lhe haviam causado "um pequeno incoveniente", por terem dificultado o uso de seus cartões de crédito.
Entre os outros funcionários que sofreram sanções estão o diretor do escritório de representação de Pequim em Hong Kong, Luo Huining, e o comissário de polícia do território, Chris Tang.
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