NOVA ZELÂNDIA

Pesquisas cravam vitória de Ardern

Impulsionada pela exitosa gestão de combate à covid-19, elogiada internacionalmente, primeira-ministra deve ter uma vitória confortável nas eleições de hoje

Correio Braziliense
postado em 16/10/2020 19:09
 (crédito: Marty Melville/AFP)
(crédito: Marty Melville/AFP)


Com a bem-sucedida política de enfrentamento ao novo coronavírus como principal capital político, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, deve ser reconduzida, hoje, ao cargo, sem dificuldades. As pesquisas mostram uma sólida vantagem do Partido Trabalhista, da atual premiê, sobre o Partido Nacional, de Judith Collins, cuja campanha não decolou.
Mais do que participação em debates e discursos, Jacinda Ardern foi embalada pelo desempenho na crise sanitária. Com 5 milhões de habitantes, a Nova Zelândia registrou apenas 25 mortes por covid, e sua estratégia foi elogiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com exceção das fronteiras fechadas e da recessão econômica, a vida na Nova Zelândia voltou a ser normal. A população pode circular sem restrições e frequentar sem medo bares e estádios.
O apoio à premiê é conferido facilmente em seus compromissos de campanha. No início da semana, ela foi recebida como uma popstar por cerca de milo estudantes universitários, todos sem máscaras, na Universidade Victoria, de Wellington. Também com o rosto descoberto, a líder trabalhista posou com dezenas de apoiadores em seu último ato de campanha, já que as regras de distanciamento pela pandemia de coronavírus não são mais aplicadas no país.
Na universidade, foram muitos os que afirmaram que a epidemia de covid-19 aumentou o apoio geral para uma primeira-ministra, cujo estilo e descontração seduziram para muito além do arquipélago. Naquele mesmo horário, Judith Collins, 61 anos, participava de uma reunião de campanha na vizinhança de Wellington com cerca de 30 apoiadores.


Críticas

Quarta chefe do Partido Nacional em três anos, a ex-ministra da Polícia ataca o governo pelas decisões nos controles fronteiriços, que provocaram a segunda onda epidêmica, em agosto, e afirma que seu partido será muito mais competente para liderar a reativação da economia.
No entanto, a segunda onda, que adiou as eleições em um mês, foi controlada em poucas semanas e a credibilidade do Partido Nacional em questão de finanças foi afetada por vários erros em suas propostas orçamentárias.
Embora a vitória dos trabalhistas pareça uma evidência, o suspense gira em torno do avanço a ser alcançado pelo partido de Ardern, que está em coalizão com os Verdes e com os populistas do Nova Zelândia Primeiro (New Zealand First, ou NZF), partido do vice-primeiro-ministro Winston Peters.

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