Os aeroportos internacionais cubanos, exceto o de Havana, já estão prontos para receber voos comerciais, pondo fim ao fechamento de fronteiras vigente desde 24 de março por causa da pandemia de covid-19, anunciou nesta sexta-feira (16) o ministro dos Transportes, Eduardo Rodríguez.
"Todos os aeroportos internacionais estão abertos para voos comerciais, exceto o aeroporto de Havana", disse Rodríguez à televisão local. Cuba tem seis aeroportos internacionais, que receberam 4,2 milhões de turistas estrangeiros em 2019 e na ilha operam 50 companhias aéreas estrangeiras.
O início dos voos será "um processo" gradual, que depende da coordenação das linhas aéreas e das autoridades aeronáuticas cubanas, acrescentou.
O aeroporto José Martí, de Havana, o principal do país, "permanecerá limitado para voos humanitários e de carga no momento" disse Rodríguez, sem que exista ainda uma data de reincorporação à recepção de passageiros.
O turismo é o motor da economia cubana e o segundo setor de captação de divisas, depois da venda de serviços médicos, e 2020 tem sido fatal para esta atividade.
Segundo dados oficiais, entre janeiro e março de 2020, ainda com as fronteiras abertas, chegaram ao país apenas 189.466 turistas, 36,3% dos desembarques no mesmo período de 2019.
Em um esforço por mitigar esta queda, a ilha abriu em julho seus keys e ilhotas ao turismo internacional em voos diretos para estes destinos e com limitações de circulação aos visitantes.
Até o fechamento do balanço na quinta-feira, Cuba, com 11,2 milhões de habitantes, reportou um acumulado de 6.118 casos de covid-19, com 124 falecidos e 5.702 curados, o que marca uma tendência de controle da pandemia.
Todas as operações aéreas serão feitas "sob estrito controle sanitário", o que inclui testes de diagnóstico PCR para todos os viajantes. Rodríguez também anunciou que a partir da segunda-feira, 19 de outubro, será suspensa a proibição de chegada ao país de iates de lazer e cruzeiros.
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