CONFLITO

Armênia e Azerbaijão declaram trégua humanitária a partir do domingo

Esta será a segunda tentativa desses países em declarar um cessar-fogo após quase três semanas de combates na disputada região separatista de Nagorno Karabakh, local onde centenas de pessoas morreram

Agência France-Presse
postado em 17/10/2020 17:22 / atualizado em 17/10/2020 17:23
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

Armênia e Azerbaijão concordaram em declarar uma "trégua humanitária" a partir da meia-noite deste sábado (17/10), anunciaram os ministérios das Relações Exteriores dos dois países em um comunicado conjunto.

"A República da Armênia e a República do Azerbaijão concordaram com uma trégua humanitária a partir de 18 de outubro, às 00h00 no horário local", informou o Ministério das Relações Exteriores da Armênia, anúncio confirmado pelo Ministério do Azerbaijão em um comunicado idêntico.

Esta será a segunda tentativa desses países em declarar um cessar-fogo após quase três semanas de combates na disputada região separatista de Nagorno Karabakh, local onde centenas de pessoas morreram.

O anúncio foi feito depois que o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, manteve conversas telefônicas com seus colegas da Armênia e do Azerbaijão, nas quais enfatizou "a necessidade de seguir estritamente" o pacto de cessar-fogo acordado em Moscou no sábado passado, indicou o Ministério russo.

Os ministros também confirmaram a importância de iniciar diálogos "substanciais" para resolver o conflito, acrescentou.

No último sábado, Armênia e Azerbaijão concordaram com uma trégua, após 11 horas de negociações mediadas por Moscou, embora ambas as partes se acusem mutuamente de violar o cessar-fogo.

Nagorno Karabakh, uma região separatista do Azerbaijão habitada principalmente por armênios e apoiada por Erevan, tem sido palco de um conflito sangrento desde 27 de setembro.

Embora muito parcial, o balanço oficial aponta que mais de 700 pessoas morreram nos confrontos.

A região montanhosa se separou do Azerbaijão, culminando em uma guerra que deixou 30.000 mortos na década de 1990.

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