O Paquistão anunciou nesta segunda-feira (19/10) que suspendeu a proibição do aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok porque a plataforma concordou em bloquear conteúdo "imoral".
Apesar de sua popularidade, o Paquistão fechou a TikTok, propriedade da sociedade chinesa ByteDance, em 9 de outubro por divulgar conteúdo "imoral, obsceno e vulgar".
A Autoridade de Telecomunicações do Paquistão (PTA) indicou nesta segunda-feira ter tido uma promessa da TikTok de que a empresa "bloqueará todas as contas repetidamente implicadas na disseminação de obscenidades e indecências".
No entanto, a PTA avisou que o aplicativo pode ser definitivamente banido no Paquistão se não moderar o conteúdo postado na plataforma.
A TikTok assegurou, por sua vez, que se comprometeu a fazer cumprir "as diretrizes da comunidade e cumprir as leis locais", sem especificar exatamente quais regras ela deverá aceitar.
O Paquistão, um país muçulmano conservador, saiu em busca de conteúdo "imoral" na internet e nas redes sociais. No início de setembro, fechou vários aplicativos de namoro, incluindo o Tinder e o Grindr, por esses motivos.
Da mesma forma, em agosto, ordenou que o YouTube, que pertence ao Google, bloqueasse "conteúdo vulgar, indecente, imoral, nudez e discurso de ódio".
Arslan Khalid, conselheiro do primeiro-ministro Imran Khan encarregado da mídia digital, afirmou recentemente que a "exploração" e "sexualização de meninas no TikTok" causou sofrimento aos pais.
O TikTok foi proibido em Bangladesh no ano passado na luta contra a pornografia, enquanto a Indonésia bloqueou brevemente seu acesso por meio de palavrões.
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