O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, decretou neste domingo (25) um estado de alarme que irá amparar a aplicação de um toque de recolher em todo o país na tentativa de frear a nova onda de coronavírus, com exceção para as ilhas Canárias.
"O estado de alarme é uma ferramenta constitucional para situações extremas e a situação que vivemos é extrema", disse em um discurso na televisão, após se reunir de maneira extraordinária com seu conselho de ministros.
Nesta reunião, convocada urgentemente na véspera, o governo aprovou a aplicação de um estado de alarme durante quinze dias mas com a intenção de pedir ao Congresso que prorroguem esta medida até o início de maio de 2021, segundo explicou o chefe de Governo.
Para prorrogar o estado de alarme acima de quinze dias, o governo necessita do apoio do Congresso. Atualmente, a coalizão de esquerda de Sánchez é minoria no parlamento, e por isso necessite do apoio de partidos nacionalistas bascos e catalães, e uma aliança com os "Ciudadanos", partido que representa a centro-direita do país.
Segundo o decreto do estado de alarme, o executivo irá impor um toque de recolher noturno entre 23h e às 06h em todo o país, com exceção para as ilhas Canárias, em meio aos protestos das autoridades regionais para adiantá-lo ou atrasá-lo em uma hora.
O anúncio chega diante da segunda onda da covid-19 em toda a Europa e dias depois da Espanha atingir 1 milhão de casos diagnosticados.
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