O Peru prorrogou por um mês, até o fim de novembro, o estado de emergência sanitário pela pandemia do novo coronavírus, o que inclui a proibição de reuniões, em meio a uma lenta, porém constante, queda dos novos contágios e óbitos desde agosto, anunciou o governo nesta quarta-feira (28).
O anúncio foi feito pelo presidente Martín Vizcarra durante uma coletiva de imprensa sobre a evolução da doença no país.
"Estão proibidas as reuniões", afirmou, após pedir que a população não jogue fora o esforço de sete meses em estado de emergência para festejar neste fim de semana, quando os peruanos celebram o dia da canção crioula.
Vizcarra lembrou que "o vírus não foi embora" e pediu que se evitem os erros da Europa para não desencadear uma segunda onda de covid-19 no Peru.
"Depende de nós que não haja uma recidiva", destacou, pedindo aos compatriotas a não se juntarem de forma excessiva e a usarem máscaras.
As festas e reuniões sociais estão proibidas, pois são consideradas focos potenciais de contágio.
O Peru registra mais de 892.000 casos de covid-19 e 34.000 mortos.
A última semana teve uma média diária de 2.626 novos casos e 55 óbitos no país, diante do pico de 8.340 infectados e 222 mortos em meados de agosto, uma redução de 69% e 75%, respectivamente.
Apesar disso, Vizcarra advertiu que a "curva de óbitos se estabilizou, ou seja, se deteve gradualmente".
O Peru decretou o estado de emergência sanitário em 6 de março, quando foi detectado o primeiro contágio.
As atividades foram sendo retomadas paulatinamente no país, após um confinamento nacional obrigatório de mais de cem dias, suspenso em 1º de julho, que resultou em uma recessão econômica.
O governo mantém toque de recolher noturno todos os dias. Aos domingos é proibido circular em carros de passeio para evitar aglomerações e reuniões.
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