Pandemia

Crianças em escolas da França devem usar máscara a partir dos 6 anos

Medida começa a valer a partir de segunda-feira e faz parte de novas medidas sanitárias por causa de novos casos da covid-19 na França

Agência France-Presse
postado em 29/10/2020 08:14
Primeiro-ministro francês Jean Castex reconhece que foi surpreendido pela velocidade dos novos casos de covid-19 no país -  (crédito: FP / POOL / NICOLAS TUCAT)
Primeiro-ministro francês Jean Castex reconhece que foi surpreendido pela velocidade dos novos casos de covid-19 no país - (crédito: FP / POOL / NICOLAS TUCAT)

Paris, França - O uso de máscaras nas escolas da França será ampliado para as crianças do ensino básico a partir dos 6 anos, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex no Parlamento, um dia após o anúncio de um novo confinamento nacional.

"A partir do retorno às aulas na segunda-feira, o protocolo sanitário será adaptado e reforçado para garantir a proteção de todas as crianças, dos professores, dos pais dos alunos", completou Castex, ao explicar que a nova medida segue uma proposta do Alto Conselho de Saúde Pública.

O primeiro-ministro francês disse que seu governo "havia antecipado" a segunda onda de coronavírus, mas que "nenhum país previu uma aceleração tão rápida e brutal".

"Não parei de pedir a vigilância", insistiu. "Alguns que nos dizem hoje que deveríamos ter atuado de forma mais firme ou que não estávamos fazendo o suficiente, alegaram na época que estávamos fazendo demais", disse.

A França, muito abalada pela segunda onda do coronavírus, decretou na quarta-feira um novo confinamento nacional de pelo menos um mês, embora menos estrito que o da primavera, já que as escolas, fábricas e serviços públicos permanecerão abertos.

Desde agosto a França observa um forte aumento dos contágios. No site oficial do governo, as autoridades registrara 244 mortes nos hospitais nas últimas 24 horas, o que eleva o balanço a 35.785 vítimas fatais na França desde o início da pandemia.

Com mais de 3.000 pacientes em CTIs, ou seja, mais da metade dos leitos disponíveis ocupados, as autoridades temem o colapso destas unidades.

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