"Ao menos 140 pessoas" morreram no naufrágio de uma embarcação de migrantes na semana passada na costa do Senegal, a pior catástrofe deste tipo em 2020, informou nesta quinta-feira (29) a Organização internacional para as Migrações (OIM).
"Ao menos 140 pessoas se afogaram depois que sua embarcação, que transportava cerca de 200 pessoas, afundou na costa do Senegal", indicou a OIM em seu comunicado.
As autoridades senegalesas anunciaram um saldo de ao menos 10 mortos e cerca de 60 migrantes resgatados, embora não tenha fornecido o número de pessoas que estavam a bordo.
"As comunidades locais nos disseram que havia 200 a bordo, portanto há 140 desaparecidos", explicou à AFP uma porta-voz da OIM em Dakar.
Entre 7 e 25 de outubro, a Marinha senegalesa, apoiada pela Guarda Civil espanhola, interceptou cinco embarcações que zarparam rumo à Europa, e resgataram no total 388 pessoas, segundo o governo, que mencionou a detenção de "28 supostos" traficantes.
Uma das embarcações sofreu uma avaria grave, ao ser declarado incêndio em 23 de outubro, em frente a Mbour, mais de 80 km a sudeste de Dakar. O incêndio foi provocado por uma explosão do motor e nos recipientes de combustível a bordo, segundo o governo.
A versão da OIM é diferente.
Membros das comunidades locais informaram à OIM que o barco saiu de Mbour em 24 de outubro e não no dia 23, e que em frente a San Louis, última cidade senegalesa antes da Mauritânia, foi declarado o incêndio. Horas depois, a embarcação virou.
Segundo informações da OIM, o barco tinha como destino as Ilhas Canárias, território espanhol em frente ao Marrocos.
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