FRANÇA

Um suspeito liberado e dois sob custódia após ataque em Nice

Brahim Issaoui, que foi gravemente ferido durante sua detenção, permanece hospitalizado. "Não está mais em perigo de morte", afirmou uma fonte próxima à investigação

Correio Braziliense
postado em 02/11/2020 11:35
 (crédito: Valery HACHE / AFP)
(crédito: Valery HACHE / AFP)

Dois homens, incluindo um tunisiano que teria viajado para a Europa ao lado do homem que executou o ataque na basílica de Nice, permanecem detidos, enquanto um terceiro foi liberado, informaram à AFP fontes judiciais.

O tunisiano de 29 anos teria viajado ao lado do autor do ataque, o também tunisiano Brahim Issaoui, de 21 anos, a bordo do barco que chegou em 20 de setembro à ilha italiana de Lampedusa, habitual porto de entrada na Europa dos migrantes sem documentos.

Ele foi detido no sábado na cidade de Grasse (sudeste), a 40 quilômetros de Nice. Dois homens, de 25 e 63 anos, foram detidos no mesmo dia no local em que Issaoui estava vivendo.

O mais velho foi liberado sem acusações e o outro permanecia detido.

Brahim Issaoui, que foi gravemente ferido durante sua detenção, permanece hospitalizado. "Não está mais em perigo de morte", afirmou uma fonte próxima à investigação.

Os investigadores que tentam elucidar o ataque e sua motivação esperam interrogá-lo nas próximas horas.

Brahim Issaoui, que tinha antecedentes por violência e consumo de drogas, deixou a cidade de Sfax, no centro da Tunísia, em meados de setembro, onde morava com sua família.

Ao chegar em Lampedusa ele foi colocado em quarentena ao lado de quase 400 migrantes no barco "Rapsodia", segundo a imprensa italiana, antes de desembarcar em Bari, sul da Itália, em 9 de outubro.

A investigação determinou que ele chegou a Nice na terça-feira. O tunisiano foi filmado por câmeras de segurança nas proximidades da basílica um dia antes do ataque com faca em que matou três pessoas, incluindo uma brasileira.

A polícia conta com o uso dos telefones celulares encontrados entre seus pertences e com as investigações na Tunísia para rastrear seu itinerário, averiguar o motivo da viagem e determinar se teve cúmplices ou recebeu ordens para cometer o ataque.

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