FRANÇA

Extremistas ameaçam Macron e pedem para matar quem insultar o profeta

"Não esqueceremos suas ações atrozes", declarou o Aqmi

Correio Braziliense
postado em 02/11/2020 16:18
 (crédito: Ludovic MARIN / POOL / AFP)
(crédito: Ludovic MARIN / POOL / AFP)

O grupo extremista Al Qaeda no Magreb islâmico (Aqmi) pediu nesta segunda-feira (2) a seus apoiadores para matar aqueles que insultarem o profeta Maomé, ameaçando vingar-se do presidente francês Emmanuel Macron, que defendeu o direito à caricatura.

"Matar qualquer um que insulte o profeta é o direito de cada muçulmano capaz de fazê-lo", escreveu em comunicado o grupo Aqmi, em reação às declarações do presidente Macron feitas durante a cerimônia em homenagem ao professor francês Samuel Paty, que foi decapitado em 16 de outubro em um atentado por ter mostrado aos alunos caricaturas do profeta.

Macron afirmou que a França, em nome da liberdade de expressão, não renunciará às caricaturas, gerando uma onda de críticas no mundo muçulmano.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram nos últimos dias contra a França em vários países muçulmanos, como os 50.000 em Bangladesh, além de alguns retratos queimados do presidente Macron e bandeiras francesas.

"O boicote é um dever, mas não é suficiente", escreve o Aqmi, pedindo "vingança" depois de apresentar como "mártir" o jovem checheno radicalizado que matou Samuel Paty.

"Não esqueceremos suas ações atrozes", declarou o Aqmi, referindo-se a Emmanuel Macron.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação