O controle do Senado dos Estados Unidos será decidido em eleições parciais no estado da Geórgia em janeiro, uma disputa crucial para o futuro da presidência do democrata Joe Biden, que já provoca uma intensa batalha política.
O senador republicano David Perdue e seu rival democrata Jon Ossoff obtiveram cada um menos de 50% dos votos, de acordo com diversos meios de comunicação dos EUA, o que forçará um segundo turno naquele estado em 5 de janeiro. Os eleitores também votarão na mesma data para eleger o segundo senador da Geórgia.
Se os democratas ganharem essas duas cadeiras, eles tirarão o controle do Senado dos republicanos, um passo fundamental para eles, já que nos Estados Unidos nenhuma lei pode ser aprovada sem votação na Câmara Alta.
"E agora tomamos a Geórgia e mudamos o mundo!", desejou o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, diante dos eleitores que comemoravam a vitória de Biden em Nova York.
"Todos os olhos se voltarão para a Geórgia em antecipação ao futuro do Senado", tuitou a republicana Nikki Haley, ex-embaixadora de Trump na ONU no sábado.
Os republicanos agora detêm a maioria na Câmara Alta, com 53 dos 100 assentos. Trinta e cinco deles estavam em disputa nas eleições presidenciais e parlamentares de terça-feira.
Após sua posse, em 20 de janeiro, a vice-presidente Kamala Harris poderá, de acordo com a Constituição, desempatar votações que obtenham 50 votos a favor e igual número contra no Senado.
Os democratas conseguiram duas cadeiras dos republicanos, no Colorado e no Arizona. Mas perderam uma cadeira democrata no Alabama.
Além dos dois senadores da Geórgia, os resultados de duas outras eleições ainda são desconhecidos - uma cadeira na Carolina do Norte e outra no Alasca, para as quais os republicanos são favoritos, de acordo com os últimos dados divulgados na recontagem em andamento.
A esperança democrata está em seus dois candidatos na Geórgia: Jon Ossoff, 33, e Raphael Warnock, 51, pastor da Igreja Batista de Atlanta onde Martin Luther King pregou.
Warnock enfrentará um senador republicano aliado de Trump, Kelly Loeffler. Biden lidera a contagem dos votos presidenciais na Geórgia, um estado que não vota em um candidato democrata para a Casa Branca desde Bill Clinton em 1992.
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