As manifestações convocadas pela oposição continuaram na segunda-feira (9) em Tbilisi, onde milhares de pessoas se reuniram para exigir novas eleições legislativas, após as vencidas por pouco em 31 de outubro pelo partido no poder.
Cerca de 8.000 manifestantes se reuniram em frente ao parlamento georgiano a pedido de partidos da oposição, que denunciaram fraude e se recusaram a entrar no parlamento, levantando temores de uma nova crise política na Geórgia.
Os manifestantes afirmaram sua determinação em seguir nas ruas até que sejam convocadas novas eleições legislativas, reivindicação rejeitada pelo partido governante, o Sonho Georgiano, da ex-primeira-ministra e milionária Bidzina Ivanichvili.
Segundo dados oficiais, o partido venceu as eleições de 31 de outubro com pouco mais de 48% dos votos, dois pontos a mais do que os partidos de oposição que concordaram em formar um governo de coalizão em caso de vitória.
O principal partido da oposição, o Movimento Nacional Unido (MNU) do ex-presidente Mikhail Saakachvili conquistou o apoio dos outros partidos da oposição.
"Nossas fileiras não vacilarão, nossas manifestações continuarão até que obtenhamos eleições livres e honestas na Geórgia", disse um dos líderes do MNU, Nika Melia, aos manifestantes, anunciando novas manifestações para o sábado.
No domingo, cerca de 45.000 pessoas se reuniram em frente ao parlamento. Tarde da noite, a polícia de choque interveio com canhões de água pressurizada e houve vários feridos, de acordo com imagens da televisão.
Testemunhas e a mídia alegaram que a polícia usou gás lacrimogêneo, mas o Ministério do Interior da Geórgia negou categoricamente.
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