As sanções adotadas contra o Catar por uma coalizão de países liderada pela Arábia Saudita violam os direitos humanos e deveriam ser levantadas, declarou nesta quinta-feira (12) uma especialista das Nações Unidas.
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito romperam relações desde 2017 com o Catar, acusando-o de apoiar os islâmicos radicais e o Irã, o que o Catar nega. Foram impostas sanções econômicas e restrições à circulação de seus cidadãos.
Alena Douhan, relatora especial das Nações Unidas sobre o impacto negativo das sanções nos direitos humanos, declarou que as medidas impostas ao Catar violam os direitos à livre circulação, à não discriminação e à liberdade de expressão, e pediu sua suspensão.
Em uma coletiva de imprensa em Doha, considerou "ilegal qualquer medida unilateral que tenha efeitos significativamente prejudiciais e desproporcionas no desfrute dos direitos humanos e das liberdades fundamentais".
A relatora da ONU pediu aos quatro países que "acabem imediatamente com todas as sanções". Os cidadãos dos quatro países que vivem no Catar também foram afetados, afirma Douhan, que felicitou o Catar por não tomar represálias.
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