O Serviço Secreto americano, responsável pela segurança do atual presidente Donald Trump, o presidente eleito Joe Biden e a Casa Branca, foi atingido por um surto de covid-19, informou a imprensa dos EUA nesta sexta-feira (13).
O Washington Post noticiou que mais de 130 agentes do Serviço Secreto foram infectados pelo novo coronavírus ou estão em quarentena por terem tido contato com pessoas infectadas.
O surto aconteceu depois que vários agentes viajaram para comícios de campanha com Trump, onde muitas autoridades e a maioria dos participantes ficavam sem máscara.
O pessoal também participou de vários eventos na Casa Branca nas últimas três semanas organizados por Trump, incluindo uma festa na noite da eleição em 3 de novembro, onde a maioria dos presentes também não usava máscaras.
Posteriormente, vários funcionários relataram testes positivos da covid-19, incluindo o chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows.
O New York Times informou que ao menos 30 oficiais uniformizados do Serviço Secreto testaram positivo nas últimas semanas em um surto "contínuo", e cerca de 60 estão em quarentena.
Foi a última de várias ondas de contaminação a atingir o serviço desde que a pandemia começou nos Estados Unidos.
Vários agentes do Serviço Secreto foram forçados a ficar em quarentena após uma manifestação de Trump em Tulsa, Oklahoma, em junho.
O mesmo aconteceu depois que um discurso de julho aos xerifes em Tampa, Flórida, resultou em uma série de testes positivos para a covid-19.
O serviço também registrou um surto em sua academia de treinamento em Maryland.
O Serviço Secreto tem cerca de 7.000 funcionários, incluindo os agentes uniformizados que guardam a Casa Branca e eventos presidenciais, e os guarda-costas civis vestindo terno que ficam próximos ao presidente, vice-presidente, presidente eleito e outros.
Questionada sobre as reportagens, a porta-voz do Serviço Secreto, Julie McMurray, afirmou que não divulgará nenhum detalhe sobre os casos por covid-19 "por razões de privacidade e segurança operacional".
"A saúde e a segurança de nossa força de trabalho são fundamentais", acrescentou ela.
"Avaliamos continuamente os requisitos necessários para operar durante a pandemia e garantimos que continuamos preparados e com uma equipe completa para realizar nossas missões críticas integradas de proteção e investigação, nenhuma das quais foi degradada pela pandemia", finalizou a funcionária.
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