Meteorologia

América Central se prepara para chegada de novo furacão

A tempestade tropical Iota se encontrava no Caribe, avançando lentamente para a América Central, que poderá começar a sentir seus efeitos neste domingo

Correio Braziliense
postado em 14/11/2020 16:33
 (crédito: RAMMB / NOAA / NESDIS / AFP)
(crédito: RAMMB / NOAA / NESDIS / AFP)

Os países centro-americanos se preparavam neste sábado para a chegada de um novo furacão, dias depois que o ciclone Eta deixou mais de 200 mortos na região.

A tempestade tropical Iota se encontrava no Caribe, avançando lentamente para a América Central, que poderá começar a sentir seus efeitos neste domingo, segundo o Instituto Meteorológico Nacional (IMN) da Costa Rica.

"Iota continuará ganhando força de forma constante em sua passagem pelo Mar do Caribe e deverá alcançar a categoria de furacão neste fim de semana", aponta o relatório do IMN, baseado em projeções do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Segundo o centro, "inundações e deslizamentos em Honduras e Nicarágua poderão ser exacerbados pelos efeitos recentes do Eta, resultando em impactos significativos".

Autoridades de Honduras começaram a remover milhares de pessoas do vale de Sula, localizado nos arredores de San Pedro Sula, região mais atingida pela passagem do Eta. O governo ordenou o descarregamento de água da principal represa hidrelétrica do país, ante o risco de transbordamento e inundação em San Pedro Sula e localidades vizinhas.

Trajeto repetido 

Se mantiver seu rumo, o novo ciclone tocará a terra perto de Cabo Gracias a Dios, entre Honduras e Nicarágua, assim como o Eta, que causou morte e destruição da Guatemala ao Panamá. Calcula-se que vivam na região de Cabo Gracias a Dios cerca de 2 mil pessoas.

Na comunidade de Bihmuna, norte da Nicarágua, autoridades começaram a remover cerca de 1,6 mil pessoas ontem, segundo autoridades de Waspam. "É uma emergência grande para o município de Waspam", região habitada por indígenas, assinalou ontem a prefeita Rose Cunnigham.

O Eta provocou inundações e deslizamentos que afetaram 2,5 milhões de pessoas e deixaram mais de 200 mortos, segundo órgãos de defesa civil centro-americanos. O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, pediu hoje à população que evite se dirigir às províncias mais ameaçadas nos dias mais chuvosos, devido ao risco de deslizamentos e bloqueios de estradas.

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