Um dos países da Europa mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, a Itália anunciou, ontem, que pretende iniciar, no final do mês de janeiro, uma “campanha de vacinação sem precedentes”, contra a covid-19. O planejamento italiano foi estipulado com base no recebimento das primeiras doses de vacina destinadas aos grupos mais expostos à doença.
“Esta campanha exigirá uma mobilização extraordinária de todas as forças presentes”, estimou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, no Congresso de Farmacêuticos italianos. Enquanto o movimento contra a imunização conta com vários seguidores, o ministro lembrou que “as vacinas representam um grande passo na história da humanidade”.
Na sexta-feira, o comitê técnico-científico, organismo público encarregado de assessorar o governo na política de combate à pandemia, lembrou que a presença da agência italiana de medicamentos e dos órgãos reguladoras internacionais dá garantias necessárias sobre a segurança das vacinas que estão em fases de testes ao redor do mundo.
Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos, 16% dos italianos entrevistados afirmam que rejeitarão a vacina que estará disponível em 2021, e 42% pretendem medir a eficácia dos imunizantes antes de se vacinar. Apenas um terço deles respondeu que se vacinará “sem dúvida alguma quando estiver disponível”. Além disso, 58% consideram que não haverá doses suficientes para todos. A Itália registrou, até ontem, ao menos 1,34 milhão de casos de covid-19, com 48 mil óbitos.
Rússia
Outra nação europeia fortemente afetada pela pandemia do coronavírus, a Rússia contabilizou, ontem, um recorde de infecções e mortes diárias, ao registrar 24.822 novos casos e 476 óbitos em um espaço de 24 horas. A marca negativa foi registrada somente dois dias após o país ultrapassar a marca dos dois milhões de casos da covid-19. Ao todo, o país já perdeu 35.778 vidas para a doença.
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