Covid-19: Itália planeja vacinação para janeiro

Primeiro país europeu duramente afetado pela primeira onda da doença aguarda chegada de primeiro lote de vacinas para iniciar uma "campanha sem precedentes", prevê ministro

Correio Braziliense
postado em 21/11/2020 22:31
 (crédito: Alberto Pizzoli/AFP)
(crédito: Alberto Pizzoli/AFP)

 

Um dos países da Europa mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, a Itália anunciou, ontem, que pretende iniciar, no final do mês de janeiro, uma “campanha de vacinação sem precedentes”, contra a covid-19. O planejamento italiano foi estipulado com base no recebimento das primeiras doses de vacina destinadas aos grupos mais expostos à doença.

“Esta campanha exigirá uma mobilização extraordinária de todas as forças presentes”, estimou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, no Congresso de Farmacêuticos italianos. Enquanto o movimento contra a imunização conta com vários seguidores, o ministro lembrou que “as vacinas representam um grande passo na história da humanidade”.

Na sexta-feira, o comitê técnico-científico, organismo público encarregado de assessorar o governo na política de combate à pandemia, lembrou que a presença da agência italiana de medicamentos e dos órgãos reguladoras internacionais dá garantias necessárias sobre a segurança das vacinas que estão em fases de testes ao redor do mundo.

Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos, 16% dos italianos entrevistados afirmam que rejeitarão a vacina que estará disponível em 2021, e 42% pretendem medir a eficácia dos imunizantes antes de se vacinar. Apenas um terço deles respondeu que se vacinará “sem dúvida alguma quando estiver disponível”. Além disso, 58% consideram que não haverá doses suficientes para todos. A Itália registrou, até ontem, ao menos 1,34 milhão de casos de covid-19, com 48 mil óbitos.

Rússia

Outra nação europeia fortemente afetada pela pandemia do coronavírus, a Rússia contabilizou, ontem, um recorde de infecções e mortes diárias, ao registrar 24.822 novos casos e 476 óbitos em um espaço de 24 horas. A marca negativa foi registrada somente dois dias após o país ultrapassar a marca dos dois milhões de casos da covid-19. Ao todo, o país já perdeu 35.778 vidas para a doença.

 

 

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