ELEIÇÕES AMERICANAS

Diplomacia dos EUA espera que próximo governo faça "bom uso" da pressão contra o Irã

Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do acordo internacional assinado três anos antes com o Irã para impedi-lo de desenvolver a arma nuclear. Mais tarde, ele restabeleceu e tornou as sanções mais rígidas contra Teerã

Correio Braziliense
postado em 22/11/2020 10:31
 (crédito: Brendan Smialowski)
(crédito: Brendan Smialowski)

Um alto funcionário dos EUA disse no domingo que espera que o próximo governo em Washington faça "bom uso" do equilíbrio de forças estabelecido pela campanha de "pressão máxima" do presidente Donald Trump contra o Irã.

“Este governo está aqui até o dia 20 de janeiro, foi eleito pelos americanos, e continuará aplicando suas políticas até o final do mandato”, disse o chefe do Departamento de Estado de Abu Dhabi, um dos palcos da viagem ao Oriente Médio do chefe da diplomacia dos EUA Mike Pompeo.

O oficial, que falava anonimamente aos jornalistas que acompanhavam Pompeo, pareceu reconhecer implicitamente que o poder passará para o presidente eleito, o democrata Joe Biden, cuja vitória Donald Trump continua se recusando a reconhecer.

O secretário de Estado Mike Pompeo advertiu que continuará a multiplicar as sanções contra Teerã.

"Espero que [o próximo governo dos Estados Unidos] faça bom uso deste favorável equilíbrio de forças que o governo está tentando obter para pressionar os iranianos a se comportarem como um país normal", insistiu o funcionário.

Especula-se cada vez mais sobre as ações espetaculares que o governo Trump poderia realizar, como a inclusão dos rebeldes Houthi apoiados pelo Irã no Iêmen na lista negra de "organizações terroristas", e até mesmo a hipótese não confirmada de ataques a sites iranianos.

Detratores do governo republicano o acusam de querer tornar irreversível a escalada com o Irã para que Biden não retome o diálogo.

"Não é segredo para ninguém que este governo vem aplicando esta campanha de pressão máxima contra o Irã há vários anos", disse ele, falando de "enorme sucesso".

Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do acordo internacional assinado três anos antes com o Irã para impedi-lo de desenvolver a arma nuclear. Mais tarde, ele restabeleceu e tornou as sanções mais rígidas contra Teerã.

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