ESTADOS UNIDOS

Prontos para "liderar o mundo"

Joe Biden apresenta oficialmente os assessores para a área de segurança nacional e afirma que o país "está de volta" ao cenário internacional. Escolhido para chefiar o Departamento de Estado destaca o multilateralismo

Correio Braziliense
postado em 24/11/2020 20:44
 (crédito: Chandan Khanna/AFP)
(crédito: Chandan Khanna/AFP)

O democrata Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, assegurou que, com a equipe escolhida para a área da segurança nacional, o país estará “pronto para liderar o mundo” quando o governo de Donald Trump chegar ao fim. Os seis homens e mulheres que compõem a liderança que vai dirigir a diplomacia e a segurança nacional afirmaram que representam a volta do multilateralismo, da cooperação global e do combate conjunto às mudanças climáticas, após quatro anos de um governo republicano menos inclinado a associações.
“Eles incorporam minhas crenças básicas de que a América é mais forte quando trabalha com seus aliados. É uma equipe que manterá o nosso país e o nosso povo seguros e protegidos”, declarou Biden, ao apresentar os escolhidos durante evento em Wilmington, onde o distanciamento social foi respeitado. “É uma equipe que reflete o fato de os Estados Unidos estarem de volta. Prontos para liderar o mundo e não se afastar dele.” Antes de passar a palavra, ele desinfetou o pódio.
O futuro chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, prometeu uma mudança de foco, ao afirmar que, quando assumir o cargo, agirá com humildade e confiança. “Como disse o presidente eleito, não podemos resolver os problemas do mundo sozinhos. Precisamos trabalhar com outros países, precisamos da cooperação deles. Precisamos de parcerias”, disse.
A escolhida por Biden para representar os Estados Unidos na ONU, a diplomata negra Linda Thomas-Greenfield, reiterou o mesmo discurso e garantiu que “o multilateralismo está de volta”. O ex-secretário de Estado John Kerry, que foi nomeado por Biden como representante especial dos Estados Unidos para o clima, confirmou que o país retornará ao Acordo de Paris assinado em 2015, do qual Trump se retirou, mas pediu mais ambição na luta contra o aquecimento global.
Kerry disse que o pacto climático de Paris “não é suficiente” e exortou todos os países na conferência de Glasgow, em 2021, a “aumentarem suas ambições”. Biden também apresentou Alejandro Mayorkas, que será o primeiro latino secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), órgão do governo responsável pela imigração, entre outras funções. Mayorkas, que nasceu em Havana e imigrou com a família, lembrou que seus pais o levaram para os Estados Unidos para “fugir do comunismo”. Na cerimônia também estava Avril Haines, que será a diretora de Inteligência Nacional, e Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional.

Ação de Graças

Trump oficializou o tradicional indulto anual a um peru — que livrou-se de acabar na mesa do jantar de Ação de Graças, amanhã. O estranho ritual presidencial que antecede o feriado nacional de quinta-feira, quando mais de 45 milhões de perus serão consumidos em todo o país, tem suas origens várias décadas atrás. Pouco antes do evento na Casa Branca, o magnata retuitou uma foto dele com olhar desafiador sobre a mesa do Salão Oval com a legenda “Não concedo nada!!!!!”.


“Eles incorporam minhas crenças básicas de que a América é mais forte quando trabalha com seus aliados”
Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos

“O senhor está certo em voltar ao Acordo de Paris no primeiro dia do governo, e o senhor está certo em reconhecer que isso não é suficiente”
John Kerry, futuro representante especial dos Estados Unidos para o clima

“Como disse o presidente eleito, não podemos resolver os problemas do mundo sozinhos”
Antony Blinken, futuro secretário de Estado dos EUA

 

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