Justiça

Israel solta detento palestino após 103 dias de greve de fome

O palestino Maher al-Akhras, de 49 anos, fez greve de fome em protesto contra sua detenção, considerada arbitrária. Ele é suspeito de pertencer ao movimento armado palestino Jihad Islâmica

Agência France-Presse
postado em 26/11/2020 09:26 / atualizado em 26/11/2020 09:28
O detido palestino Maher al-Akhras no Hospital al-Najah na cidade de Nablus, na Cisjordânia, após sua libertação pelas autoridades israelenses, em 26 de novembro de 2020. -  (crédito: JAAFAR ASHTIYEH / AFP)
O detido palestino Maher al-Akhras no Hospital al-Najah na cidade de Nablus, na Cisjordânia, após sua libertação pelas autoridades israelenses, em 26 de novembro de 2020. - (crédito: JAAFAR ASHTIYEH / AFP)

Israel libertou, nesta quinta-feira (26/11), um palestino detido que fez greve de fome por 103 dias em protesto contra sua detenção, considerada arbitrária - anunciou a organização de presos palestinos.

Maher al-Akhras, de 49 anos, foi transferido do Hospital israelense Kaplan, perto de Tel Aviv, para o Hospital Universitário Al Najah, na cidade palestina de Nablus (ao norte da Cisjordânia).

"Assim que seu estado de saúde for avaliado", será tomada uma decisão sobre seu retorno para casa, disse o diretor do Hospital Al-Najah, Abdul-Karim Al-Barqawi, em um comunicado.

Al-Akhras foi detido pelas forças israelenses no final de julho, em sua casa no norte da Cisjordânia, e preso em Israel. Ele é suspeito de pertencer ao movimento armado palestino Jihad Islâmica, considerado terrorista por Israel, pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

Após sua prisão, foi colocado em detenção administrativa, uma figura legal que permite a Israel manter palestinos na prisão sem acusação formal, ou julgamento, por períodos renováveis de até seis meses.

Em 6 de novembro, encerrou uma greve de fome que durou 103 dias, após chegar a um "acordo" com as autoridades israelenses para sua libertação. Está internado desde setembro, porque sua saúde se deteriorou muito.

O caso deste agricultor pai de seis filhos provocou críticas da ONU e de várias ONGs e gerou um movimento de solidariedade em todos os territórios palestinos e em alguns países árabes.

Cerca de 355 palestinos estavam em detenção administrativa no final de agosto, incluindo vários menores, de acordo com a ONG israelense de direitos humanos B'Tselem.

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