O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou nesta quinta-feira (3) que as aglomerações e as atividades não essenciais serão proibidas em todas as regiões do estado americano em que a pandemia possa sobrecarregar os serviços hospitalares.
As restrições entrarão em vigor nas áreas onde as UTIs estiverem com mais de 85% de ocupação, o que poderá ocorrer daqui a "um dia ou dois" em algumas áreas do estado, o mais populoso do país, indicou Newsom.
Segundo esse "confinamento regional", serão proibidas todas as aglomerações com presença de membros de lares diferentes, bem como os deslocamentos e serviços não essenciais. Restaurantes poderão servir refeições para viagem e os pequenos comércios terão sua capacidade limitada a 20%.
As escolas, que já se beneficiam de medidas de exceção, poderão continuar abertas, assim como as "infraestruturas críticas".
A Califórnia já tinha decretado um toque de recolher, que limitava os deslocamentos entre as 22h e as 5h nos condados mais afetados pelo novo coronavírus, mas não foi suficiente para inverter a tendência. Desde o início da pandemia, foram registrados mais de 1,26 milhão de casos e 19.400 mortes no estado.
"Se não agirmos agora, nosso sistema hospitalar entrará em colapso", insistiu Newsom, destacando os números alarmantes.
"As hospitalizações aumentaram 86% só nos últimos 14 dias, e as internações em unidades de terapia intensiva, 67%, no mesmo período", destacou.
Uma vez ativadas, estas restrições serão instauradas durante "pelo menos três semanas" e só serão suspensas quando menos de 85% dos leitos de UTIs estiverem ocupados.
Restrições suplementares já foram implantadas esta semana no condado de Los Angeles, densamento populoso e muito afetado pela covid-19.
Até mesmo a região de San Francisco, relativamente preservada até agora, também deveria alcançar este limiar fatídico entre meados de dezembro e o fim do ano, alertou o governador Newsom.
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