Acordo nuclear

Novas centrífugas previstas no Irã são "muito preocupantes", afirmam países europeus

França, Alemanha e Reino Unido pediram a Teerã que "não coloque em risco a importante oportunidade de volta à diplomacia que representa a chegada da nova administração americana"

Agência France-Presse
postado em 07/12/2020 10:18
Uma fotografia divulgada pela Organização de Energia Atômica do Irã em 4 de novembro de 2019 mostra as instalações de enriquecimento atômico do centro de pesquisa nuclear de Natanz, cerca de 300 quilômetros ao sul da capital Teerã. -  (crédito: Organização de Energia Atômica do Irã / AFP)
Uma fotografia divulgada pela Organização de Energia Atômica do Irã em 4 de novembro de 2019 mostra as instalações de enriquecimento atômico do centro de pesquisa nuclear de Natanz, cerca de 300 quilômetros ao sul da capital Teerã. - (crédito: Organização de Energia Atômica do Irã / AFP)

Os planos do Irã de instalar três novas centrífugas avançadas em Natanz, a principal central de enriquecimento de urânio do país, são "muito preocupantes", afirmaram França, Alemanha e Reino Unido em uma declaração conjunta.

Segundo os termos do acordo nuclear iraniano assinado em 2015 em Viena, que Paris, Berlim e Londres tentam preservar apesar da saída dos Estados Unidos, o Irã não está autorizado a utilizar centrífugas tão sofisticadas.

Os três países europeus pediram a Teerã que "não coloque em risco a importante oportunidade de volta à diplomacia que representa a chegada da nova administração americana".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que é favorável a um retorno do país ao acordo, caso as autoridades iranianas "respeitem de maneira estrita" os limites impostos a seu programa nuclear.

O acordo foi assinado em 2015 e contemplava o gradual desmantelamento do programa nuclear iraniano em troca do progressivo cancelamento das sanções econômicas contra Teerã.

Mas o acordo ficou à beira do colapso com a decisão do presidente americano, Donald Trump, de sair do pacto e do consequente retorno das sanções.

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