Uma jornalista turca foi condenada nesta segunda-feira (7/12) a mais de seis anos de prisão por "pertencimento a uma organização terrorista" por um tribunal de Diyarbakir, no sudeste de maioria curda da Turquia.
Aysegül Dogan foi condenada a seis anos e três meses de prisão por pertencer ao "Congresso da Sociedade Democrática" (DTK), uma organização que as autoridades turcas acusam de vínculo com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado "terrorista" por Ancara e seus aliados ocidentais.
Dogan era jornalista e coordenadora de programas no IMC TV, rede de oposição e pró-curda, antes de seu fechamento pelas autoridades em 2016.
A jornalista pretende recorrer da decisão, declarou um de seus advogados à AFP.
Defensores dos direitos humanos e dos jornalistas protestaram contra a sentença de Dogan nas redes sociais compartilhando a hashtag em inglês #JournalismIsNotACrime (jornalismo não é um crime, em tradução livre).
Dezenas de jornais e canais de televisão foram fechados pelas autoridades na onda de repressão após o frustrado golpe de Estado contra o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em julho de 2016.
As mídias pró-curdos são especialmente alvo de uma repressão implacável há vários anos na Turquia.
Por outro lado, a Turquia libertou nesta segunda-feira dois jornalistas russos presos na semana passada após terem sido acusados de filmar sem autorização uma fábrica de drones.
Um tribunal de Istambul ordenou a libertação de Alexei Petrushko e de seu cinegrafista Ivan Malyshkin, disse à AFP um alto responsável turco, sem fornecer mais detalhes.
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