A região metropolitana de Santiago iniciou neste sábado (12) uma quarentena durante os fins de semana que restringe a circulação de pessoas, uma resposta ao aumento de 18% nos casos de coronavírus na capital chilena.
O governo chileno impôs uma quarentena de fim de semana aos 7,1 milhões de habitantes da região da capital do Chile, onde o número de casos ativos de covid-19 tem aumentado até atingir 2.565 de um total de 10.530 registrados em todo o país, de acordo com o relatório diário da pandemia divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde.
“A situação é de alerta, temos que ser responsáveis. O ideal é que as pessoas fiquem em casa, fazemos um sacrifício para ter um bom Natal, para ter um bom Ano Novo e, com sorte, um bom verão”, disse o ministro da Saúde, Enrique Paris.
Neste sábado, as autoridades notificaram 1.807 novos casos em todo o país e 64 mortes, totalizando 569.781 infectados e 15.846 óbitos confirmados até o momento. A quarentena em Santiago restringe a circulação de pessoas, que devem solicitar uma licença à polícia para poderem deixar suas casas durante o fim de semana.
“Vimos como os casos têm aumentado e a diminuição da mobilidade no fim de semana é fundamental para reduzir o número de infecções”, acrescentou a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza. Viagens dentro do país também são proibidas, enquanto centros comerciais, academias, cinemas, teatros e casas noturnas estão fechados.
Duas semanas antes do Natal e do Ano Novo, as novas restrições foram duramente criticadas pelo comércio, que começava a recuperar suas vendas depois de um ano muito difícil devido à pandemia. Diante das críticas, o governo elaborou um protocolo para que as feiras de rua de pequenos comerciantes possam continuar funcionando.
“Eu entendo os comerciantes que acham que isso é provavelmente um ataque ao seu trabalho, mas se não fizermos agora, teremos uma quarentena muito mais rígida durante o verão”, explicou Paris. Depois de um pico de infecções em junho que atingiu 7.000 casos, a situação no Chile se estabilizou em uma média entre 1.000 e 1.500 casos novos casos diários.
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