O ex-núncio do Vaticano na França, Luigi Ventura, foi condenado nesta quarta-feira (16/12) em Paris a oito meses de prisão com suspensão de pena por ter agredido sexualmente três homens durante atos públicos em 2018 e 2019.
O tribunal de Paris declarou o prelado italiano de 76 anos culpado de todas as acusações e o condenou a pagar 13 mil euros por danos morais a quatro vítimas e 9.000 euros por despesas judiciais.
Este caso, revelado em fevereiro de 2019, em plena onda de escândalos sexuais na Igreja católica, pressionou a Santa Sé a levantar a imunidade diplomática do ex-núncio apostólico, uma medida inédita na história moderna da diplomacia do Vaticano.
A promotoria francesa abriu uma investigação no início de 2019 depois que um funcionário da prefeitura de Paris afirmou que Ventura apalpou suas nádegas durante uma cerimônia na prefeitura.
Após esta primeira denúncia, outros quatro homens saíram do silêncio e denunciaram eventos semelhantes por parte de Ventura durante eventos públicos na França, entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2019.
O julgamento ocorreu na ausência do acusado.
Luigi Ventura trabalhava como representante diplomático da Santa Sé na França desde 2009. Antes, esteve destinado às nunciaturas do Brasil, Bolívia e Reino Unido, após o qual foi nomeado secretário de Estado em Roma.
Depois, trabalhou como núncio apostólico na Costa do Marfim, Burkina Faso, Níger e Chile.
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