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O que é o tereré, bebida paraguaia agora patrimônio imaterial da humanidade

Bebida ancestral que se prepara a partir da mistura de água gelada com ervas medicinais denominadas "pohã ñana" esmagadas em um pilão acaba de ser reconhecida pela Unesco

BBC
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postado em 19/12/2020 15:01
AFP - Tereré é similar ao chimarrão gaúcho


Muitos no Paraguai bebem tereré.

É uma bebida ancestral que se prepara a partir da mistura de água gelada com ervas medicinais denominadas "pohã ñana" esmagadas em um pilão.

E que acaba de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A notícia foi anunciada nesta semana pelo secretário de Cultura do Paraguai, Rubén Capdevilla.

O país sul-americano havia apresentado meses atrás a proposta de que este reconhecimento fosse dado às "Práticas e Saberes Tradicionais do tereré na cultura Pohã Ñana".

Essa bebida ancestral guarani tornou-se assim o primeiro reconhecimento do gênero para o Paraguai.

"Estamos orgulhosos de obter este reconhecimento global pela primeira vez, por uma manifestação cultural nacional que atravessou gerações e continua até hoje", disse Capdevila no Twitter.

Na capital Assunção e em outras cidades do país, é comum ver camelôs esmagando ervas em seus pilões de madeira.

Tereré
Getty Images
Terere é preparado com água gelada e ervas

Servida em copo com erva-mate, do qual se bebe por meio de um canudo semelhante ao usado no chimarrão, a bebida, feita a partir de ervas às quais a sabedoria popular atribui poderes curativos, tem sido preparada há séculos na esfera cultural guarani.

Unesco em Paris
Reuters
Unesco ressaltou que tereré contribui para conscientização sobre "rico legado guarani"

A Unesco reconheceu o tereré e a cultura em que está inscrito por ter passado de geração em geração entre as famílias paraguaias desde o século 16.

Com a bebida, também foi transmitido conhecimento sobre o efeito medicinal das ervas e como prepará-las corretamente.

A Unesco destacou ainda que "essa prática cultural promove a coesão social e contribui para a conscientização da sociedade sobre a importância do rico legado guarani, tanto cultural quanto botânico".

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